O PAN Madeira veio hoje a público questionar “a transparência e legalidade” do concurso a decorrer para preenchimento de uma vaga de Técnico de Desporto para a Junta de Freguesia de São Roque, no Funchal.
O partido, considera, em nota remetida à imprensa que se trata de “mais uma ‘vaga feita à medida’”.
“Após a recepção de candidaturas por parte da Junta de Freguesia, vários candidatos foram surpreendidos com a exclusão do concurso por terem excesso de habilitações” dá conta o comunicado do PAN, acrescentando que “a resposta por parte da junta é que os candidatos não possuem ‘habilitações escolares na área exigida (não apresentou certificado de habilitações do nível secundário realizado na área do desporto)’”.
O PAN Madeira alega ter conhecimento de que “vários candidatos com Licenciatura em Educação Física e Desporto ou Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário foram excluídos do concurso em detrimento de um curso Tecnológico de Desporto de Nível Secundário”, apontando que “alguns dos candidatos afirmam que o candidato está previamente escolhido por ser ‘um conhecido pela direção da Junta de Freguesia de São Roque’”.
“Os candidatos sentem-se injustiçados e enganados, referindo que a Junta criou a vaga de acordo com as habilitações do candidato que será escolhido”, expõe o PAN.
“Consideramos que pouco se fala da sobrequalificação (quando o indivíduo exerce uma atividade profissional para a qual tem mais qualificações ou experiência) que é cada vez mais recorrente na população jovem. Esta situação ocorre porque são constantes as barreiras que os jovens enfrentam para encontrar um emprego que vá ao encontro às suas reais competências. Assim sendo, apelamos às entidades governamentais para terem bom senso a estas situações. Como é que querem reter jovens formados cá na Região quando às poucas vagas de empego são feitas à medida apenas para alguns?”, queriona o partido.
“O PAN Madeira defende e sempre defenderá a justa colocação de pessoal nas vagas para emprego público. Os parâmetros de avaliação curricular deverá ser sempre de ir em encontro às experiências profissionais e capacidades pessoais”, conclui a mesma nota.