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A ‘viração’ do Pico do Gato

13 Janeiro, 2020 às 9:58
Isabel Cristina Camacho

Isabel Cristina Camacho

Ao bater as doze badaladas entra o Ano Novo, nova década, nova vida, uma esperança renovada, como o virar de página de um livro que lemos  avidamente, desejosos de saber como será este capítulo, o que nos reservarão os 366 dias fresquinhos, que recebemos com  gratidão e muitas expectativas.

Diz quem sabe, que é nessa hora, à meia-noite, que se vê onde “fica o tempo” e dizem, por estes lados, que ficou ao lado do Pico do Gato, o que significa  que o ano vai ser frio e seco…a ver vamos!

Na verdade, a viração que corre parece vir mesmo do Pico do Gato e traz consigo o frio agreste das montanhas, nas “manhãs rijas” de janeiro, fazendo-nos ficar com nariz vermelho  e as mãos “engaranhadas”. É como se esta viração nos tirasse do doce entorpecimento das Festas, das cantorias das Missas, das multidões que nos visitaram, dos maravilhosos convívios em família com espetada de carne de vinho e alhos, vinho quente e biscas a até altas horas da madrugada!

É hora de retomar a nossa vida e deste cantinho voltar á sua quietude habitual. Tempo de limpar a terra e a madeira para as latadas, de plantar as semilhas do cedo e socar as canas-vieira. Ficou o calor do abraço dos nossos emigrantes que já rumaram aos seus trabalhos na diáspora, foram com a esperança de voltar assim que possam. Lágrimas dos que partem, que já levam saudades e dos que ficam, contando os dias para o próximo Natal.

Todos os Natais passam por cá milhares de pessoas! É ótimo para a economia, trazem mais vida a este Vale, fantástico Postal da Aldeia Natal!

A viração do Pico do Gato faz-nos acordar para outra realidade que não sai tanto nas redes sociais. Acabou o Natal e cada um vai à sua vida, onde esta lhe é mais fácil, mais perto de tudo e com virações menos agrestes. A maior parte dos casais jovens decidiram investir os seus cêntimos noutras paragens e tornaram-se curraleiros de fim-de-semana ou de circunstância. Não que não tivessem razões para o fazerem,  até eu, na minha juventude, poderia tê-lo feito e não seria menos curraleira por isso.

Esta viração fria, abre-nos os olhos para a realidade. Que incentivos têm os casais jovens para cá viverem  e investirem na sua terra? Para cá construírem casas e colocarem os seus filhos na nossa escola?  Para plantarem algum poio de semilhas e couves, nem que seja como terapia? Porque não se criam condições para fixarmos famílias quando vivemos apenas a 20 minutos do Centro da Capital?

Todos os Natais passam por cá milhares de pessoas! É ótimo para a economia, trazem mais vida a este Vale, fantástico Postal da Aldeia Natal! Mas mais do que pessoas que passam,  precisamos de pessoas que fiquem!  Segundo os censos 2011, éramos, à altura, 2008 residentes. Não sei quais serão os resultados dos censos 2021, mas receio não serem muito animadores, principalmente, no que à população ativa, diz respeito. Não fora o regresso de algumas famílias da Venezuela e a situação seria, ainda mais grave.

Porque o Curral das Freiras é muito mais do que a tradição  Natalícia e arraiais, mais do que a Festas ou outros eventos culturais promovidos pelas nossas Instituições. Somos uma terra com grande potencial em várias áreas que têm de ser desenvolvidas e exploradas. Esperamos  a abertura de novos acessos que já se perspetivam  e que espero,  se concretizem,  que se tomem medidas para  inverter esta tendência e parar o êxodo a que se tem assistido.  Caso contrário, seremos muito poucos para manter o “pouco ou muito” que nos foi legado!

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