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Porto Santo smart?

20 Junho, 2018 às 13:59
Dinarte Melim Velosa

Dinarte Melim Velosa

O tão propalado plano ‘Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island’, promovido pelo Governo Regional (GR) em parceria com a Empresa de Electicidade da Madeira (EEM) e a Agência Regional da Energia e Ambiente (AREAM), conheceu, finalmente, no presente mês de Junho, um importante avanço prático com a entrega de vinte veículos eléctricos, de uma conhecida marca automóvel que se associou ao projecto.

Um momento considerado pelas partes envolvidas como charneira, no sentido em que pretende marcar uma viragem histórica e decisiva, tornando o Porto Santo a primeira ilha inteligente e praticamente livre das emissões de carbono. Modelo que o GR pretende exportar e replicar pelo mundo fora. Como em tudo na vida, o que custa mais é passar das palavras ou intenções aos actos propriamente ditos, pelo que serão decisivos para o sucesso do projecto (que terá dezoito meses para estar concluído no âmbito da estratégia energética e de mobilidade sustentável 2020) os resultados obtidos neste período experimental e que visam monitorizar a eficiência dos próprios veículos enquanto depósitos temporários de electricidade, cuja energia excedente, armazenada nas baterias EV, poderá ser devolvida (quando ligadas aos postos de recarga) à rede eléctrica do Porto Santo, alimentando-a durante os ‘picos’ de consumo.

Um pouco por toda a ilha, os novos veículos eléctricos estão a causar impacto, augurando a possibilidade de um futuro diferente e não tão dependente da energia de origem fóssil, numa época em que a pegada ecológica está tão em voga, sinónimo de uma nova consciência do equilíbrio que deve presidir na relação do homem com o meio ambiente. Na verdade, foram necessários seis anos para que esta fase de testes se iniciasse, uma vez que o Plano de Acção para a Energia Sustentável da ilha do Porto Santo, apesar de parecer ser algo recente, provém da resolução n.º 244/2012 do Conselho do Governo da RAM (publicada no JORAM, I Série-Suplemento n.º 43, de 05 de Abril de 2012) e que tinha, entre outras linhas estratégicas (tendo por referência o ano 2020), os objectivos de aumentar para 40% a participação dos recursos energéticos renováveis na produção de electricidade, diminuindo a dependência do exterior (importação de combustíveis fósseis) e de reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20% em relação ao ano de 2005.

(…) mais do que ‘smart’, poderá ser paradoxal dispor de veículos eléctricos amigos do ambiente e sem emissões de CO2, mas cuja energia é esencialmente térmica e de origem fóssil, tornando a ilha muito pouco ‘free’.

As metas traçadas, à luz do tempo presente e pelo significativo atraso na execução do plano, parecem demasiado ambiciosas, mas tinham fundamento na expectativa criada com um investimento no plano energético realizado na ilha dourada dois anos antes.

Puxando o filme atrás, recorde-se que em Maio de 2010 (já lá vão oito anos) entrou em funcionamento o parque fotovoltaico do Porto Santo, um investimento da Nutroton Energias (empresa administrada pelo mui reconhecido comentador televisivo do ‘prime time’ noticioso do fim-de-semana e ex-político, com vasta e vestuta carreira, Luís Marques Mendes) no valor de nove milhões de euros. Um investimento de grande impacto, se tivermos em consideração que foi noticiado, à época, que os fundos eram exclusivamente privados e sem quaisquer comparticipações públicas, algo sui generis para os mais incrédulos.

Hoje, desconhece-se qual o retorno obtido pela empresa que se propunha produzir 3,4 Gwh de energia, a partir da luz solar, o suficiente para garantir metade das necessidades energéticas da ilha no período do inverno. Também  se sabe que na prática, pelos dados disponibilizados do ano de 2017, mais de 4/5 da energia eléctrica produzida é de origem fóssil, sinónimo de que as metas então delineadas estão ainda muito longe de ser alcançadas, pelo que torna-se imperativo alterar o paradigma das matérias-primas utilizadas na produção de electricidade, garantindo simultaneamente que os custos inerentes não disparam para valores insustentáveis.

De outro modo, mais do que ‘smart’, poderá ser paradoxal dispor de veículos eléctricos amigos do ambiente e sem emissões de CO2, mas cuja energia é esencialmente térmica e de origem fóssil, tornando a ilha muito pouco ‘free’. É pois na hábil e  engenhosa gestão do paradigma exposto que residirá o sucesso deste e de outros projectos ‘eco-friendly’.

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