A Freguesia dos Prazeres celebra o seu 344 .º aniversário, mas, ao contrário de outros anos, “não há muitos motivos para fazer festa”. Quem o diz é o próprio presidente da autarquia, lamentando que os efeitos da pandemia tivessem contagiado o sector que mais dinamiza a localidade: o turismo.
Paulo Ferreira diz ter sido notório um crescimento exponencial dos alojamentos locais, de construção de segunda habitação, de procura pela prática do BTT, tudo, acredita, “fruto da potencialidade que temos e também da aposta que a Câmara Municipal, o Governo Regional e a Junta de Freguesia têm feito”, o que na sua opinião cativou o apetite de investidores estrangeiros, de madeirenses e até de fregueses mais endinheirados que assim decidiram aplicar economias num ramo de negócio que florescia.
“Hoje estão quase todos a zeros”, diz num tom esmorecido, tão esmorecido que a própria Junta tem ajudado na atribuição de cabazes alimentares como nunca fez: “Já distribuímos muitos. Mais do dantes”, afirma.
Com a falta de turistas ressente-se igualmente a restauração, outro segmento de negócio onde freguesia faz jus ao cardápio com o bacalhau a ser uma iguaria procurada. “Vá lá que a construção”, outro motor da economia local, “não foi afectado, senão seria o caos”, comunga.
De resto, à entrada para mais um ano de mandato, já disse que será recandidato, Ferreira destaca que este ano estava previsto celebrarmos o Dia da Freguesia. “Era a primeira vez que iríamos fazer, mas quis a pandemia que não”, justifica o motivo pelo qual não há celebração. Quiçá por ser véspera de ano de Eleições Autárquicas? O autarca sorri à provocação: “Algum ano teria de ser”.