Há 42 anos que Paulo Andrade vai construindo figuras atrás de figuras para adornar os seus presépios. Ao dia de hoje são “mais de 300 peças”. Algumas são mecanizadas outras são estáticas, mas todas mereceram especial atenção das mãos do agricultor.
Diz que o gosto por este tipo de ornamentação que soleniza a quadra natalícia e o nascimento de Jesus vai ao ponto de ter reservado um espaço da casa, na Raposeira, nesta altura do ano.
Recorda que “o entusiasmo começou quando, todos os anos, no mês de Novembro, ajudava o seu padrinho do Crisma, chefe de máquinas da empresa da electricidade da Madeira, a fazer o presépio”. A partir de então, durante todo o mês de Novembro, “embrenhavam-nos na realização e foi assim que a paixão surgiu”, acrescenta.
O padrinho ensinou-lhe tudo o que ele sabe sobre os presépios e ao longo dos anos “fui aprendendo a fazer”, confessa.
“Tudo o que está neste presépio é feito por mim, desde as casas, as escadas, as estradas… ao riacho que corre pelo vale”, refere orgulhoso da obra, sublinhando que todos os anos tenta incluir uma peça diferente para dar um toque novo.
Depois de casar, em 1978, começou a criar os seus próprios presépios e desde essa altura que mantém a tradição, não escondendo a satisfação que lhe dá. Por essa razão tenta incutir também aos filhos e aos netos a paixão destas representações.