“Pese embora o reforço de verbas, este Orçamento não traz nada de novo à freguesia, não privilegia o apoio às famílias nesta fase de dificuldades e limita-se a seguir a lógica que é regra em Santa Cruz, onde só se aumentam taxas e continuam por cumprir medidas sociais e de dinamização económica que são fundamentais para o futuro” afirmam os Social-democratas eleitos à freguesia de Gaula que, está semana, na Assembleia de Freguesia, votaram contra o Orçamento para 2023, lamentando que, mais uma vez, os interesses da população sejam relegados para segundo plano.
“Infelizmente, este é o exemplo do que não se deve fazer em política, tanto mais quando aquilo a que assistimos é a uma mão cheia de nada e a um Orçamento meramente eleitoralista, que teima em privilegiar apenas os que são da cor partidária que governa a freguesia e, não, a população no seu todo, conforme devia ser obrigação desta Junta” afirma Ivo Andrade, que critica as medidas eleitoralistas e imediatistas previstas, em detrimento de um estratégia clara para o futuro que garantisse melhores condições às famílias, apoiasse os comerciantes e a consequente criação de emprego, promovesse o potencial local em termos culturais e desportivos e incentivasse as novas gerações a se manterem em Gaula.
Entre outras medidas, o PSD Gaula lembra a proposta anteriormente apresentada que visava promover, no âmbito do Regulamento de Apoio à Natalidade, uma diferenciação positiva deste apoio em relação ao número de filhos já existente, uma proposta que nem chegou a ser votada e que seria mais justa e coerente face às necessidades das famílias. “Aquilo que se espera é que o reforço de verbas previsto neste Orçamento, dado que não se destina a cumprir com a população, não seja canalizado para despesas supérfluas como por exemplo as anteriormente aplicadas em estátuas ou em festas partidárias”, vincou.
Ivo Andrade que, ainda neste enquadramento, lamenta o facto do presente Orçamento, ao contrário do que sucedeu em anos anteriores, não ter sido apresentado e debatido com a oposição e a população. “Em anteriores Orçamentos, o PSD apresentou e fez aprovar diversas iniciativas, designadamente a do apoio à natalidade e aos manuais cívicos e a verdade é que, desta vez, fomos impedidos de apresentar um contributo estruturado, porque o Executivo optou por cumprir o calendário legal ao invés de garantir a pluralidade e a defesa dos interesses da freguesia”, rematou.