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Os quintais das nossas avós

24 Julho, 2020 às 9:08
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Tânia Sofia Gonçalves

Os jardins sempre foram um orgulho para os madeirenses e uma admiração para os visitantes, desde os tempos idos, e na história vivida pelas nossas avós, os jardins, os quintais repletos de flores, os vasos arrumados junto à casa ou em armações de madeira, constituíam uma referência e uma forma de estar na vida.

Era ali que passavam uma grande parte da sua atenção, a varrer, a limpar as folhas, a deitar mais terra num dos vazos mais secos, a mudar outros de lugar ou a regar, meticulosamente, com o aguador. A vaidade pessoal era tanta que a primeira divisão da casa a mostrar às visitas era o quintal e as suas flores, sempre bonitas e bem tratadas, embora, em muitas situações, a quantidade de cântaros era tanta que, em vez de arrumados e expostos de forma harmoniosa, surgiam numa espécie de amontoado, mas o importante era o amor que tinham pelas suas plantas.

Todos os dias as mulheres, donas de casa, cuidavam do seu quintal como se fosse a sua sala de estar que era apreciada por todos e por todas. Os quintais davam outra dignidade à casa, à frente ou nos lados, sempre limpos e repletos de cântaros de flores de todas as espécies e cores onde se destacavam as orquídeas hirtas e bem amarradas às canas fininhas que as seguravam sem partir e as estrelícias bem abertas ao sol e ao olhar embevecido dos vizinhos. Os recantos à volta dos muros da casa encontravam-se bem recheados de cravos e de gerberas, rosas, de raquéis, de margaridas, de corações, de maravilhas, sem faltar a leveza tão singela dos amores-perfeitos.

Atualmente, a história escreve-se de uma outra forma, os quintais quase que desapareceram das casas…

Esta preocupação pelo quintal era extensiva à limpeza nas imediações da casa. Havia uma outra consciência da cidadania, cheia de humildade e simplicidade, eram os moradores que cuidavam da limpeza dos seus becos, caminhos, acessos pedonais e arredores, numa tarefa de partilha comunitária natural e espontânea.

Principalmente aos sábados à tarde, e com maior dedicação antes das festas, os vizinhos juntavam-se e mondavam as ervas, limpavam as pequenas levadas que ladeavam os muros, varriam e lavavam com muito esmero e satisfação. Munidos de pequenas facas de ponta partida ou de pequenas foices, sentados e sentadas sobre as pedras de basalto frias, escavavam entre elas, uma a uma, arrancando as ervas daninhas, as azedas das bermas e outras plantas infestantes próprias da época.

Atualmente, a história escreve-se de uma outra forma, os quintais quase que desapareceram das casas e, em relação à limpeza dos caminhos e dos becos, hoje, exige-se que seja feita pelos cantoneiros das juntas de freguesia ou das Câmaras Municipais. Quando os moradores não se sentem satisfeitos com a limpeza reclamam e acusam nas redes sociais.

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