Cidadão acusa Autarquia de “vingança”

Um cidadão câmara-lobense acusa a Autarquia de ser vingativa ao ser ‘expulso’ de continuar a gerir parcela expropriada que alegadamente havia sido cedida pelo Governo Regional.

O queixoso, proprietário de terreno alvo de expropriação para o alargamento do Caminho do Ribeiro Real, logo à entrada, na Ponte dos Frades, há muito que ocupava de forma privativa (espaço fechado com portão) a faixa de terreno contígua à sua propriedade – situada debaixo do viaduto da via rápida – parcela esta onde também fora expropriado na altura da construção da via rápida.

‘Paredes meias’ com o terreno de bananeiras que ali possui, Dílio Pereira garante ter solicitado e obtido autorização do Governo Regional para (re)ocupar a faixa expropriada, espaço que fechou com a colocação de portão e no seu interior construiu uma plataforma para utilizar como área de estacionamento.

Os anos foram passando até que, em 2017, a autarquia câmara-lobense anunciou o alargamento do Caminho do Ribeiro Real. A execução desta obra implicava entrar em parte do terreno de bananeiras. O proprietário não cedeu os metros necessários ao alargamento previsto, o que obrigou a Câmara Municipal a avançar para processo de expropriação, que fez atrasar a obra meio ano. O alargamento concretizou e foi ‘inaugurado’ em Junho do ano passado. Entretanto surgiu a razão da revolta deste cidadão, quando foi obrigado a libertar o ‘estacionamento privativo’ que ocupava debaixo do viaduto da via rápida.

“Sob ameaça, deitaram-me tudo abaixo” denuncia, referindo-se à retirada do portão que vedava o acesso à parcela expropriada no âmbito da construção da via rápida.

“Nunca disse que isto era meu. Fui lá pedir e o Governo Regional autorizou-me a fazer isto. Agora apoderaram-se por vingança”, acusa. “Vingaram-se enquanto não deixei eles levar [o terreno para o alargamento do caminho] sem pagar”, justifica.

“Fui tratado como um ladrão, como se tivesse roubado isto a eles”, ao revelar que foi “obrigado a tirar o portão – depositado no quintal de casa – à força e sob ameaça”, denuncia.

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