Casa do Povo acusa Governo Regional de inércia e incumprimento

Na sequência de recolha de fundos para apoiar os lesados dos incêndios que assolaram a Fajã da Ovelha em 2023, a Casa do Povo local, iniciativa que contou com o contributo de grupo de cidadãos, maioritariamente estrangeiros a residir na Madeira, que também organizou angariação de fundos – ‘Crowdfunding Campaign Madeira Fire’ – com o mesmo propósito, está agora a concretizar a ajuda, através da entrega de chapas de zinco para a recuperação de oito palheiros. Numa segunda fase haverá o apoio no mesmo sentido para mais três palheiros quando os seus proprietários tiverem condições financeiras para a sua recuperação, uma vez que os restantes materiais e mão-de-obra são a expensas dos beneficiários.

A direcção da Casa do Povo critica a inércia do Governo Regional para que os apoios prometidos fossem concedidos, e acusa a secretária regional com a tutela da Agricultura, Rafaela Fernandes, de não cumprir com o prometido, ao assegurar que “não houve qualquer apoio nos palheiros prometidos numa reunião com os criadores de gado desta freguesia a 22 de Outubro de 2023”.

Casa do Povo presidida por Sara André que também denuncia a existência de “agricultores que ainda continuam à espera das árvores de fruto que queimaram e foram alvo de visitas de técnicos do GR e existem outros que, apesar de terem feito a notificação de prejuízo, nunca foram contactados por qualquer entidade”.

Esclarece ainda que a Casa do Povo da Fajã da Ovelha, após vários alertas ao longo de 2024, resolveu enviar um relatório à Direcção Regional da Agricultura em Outubro último, com todas as situações descritas, mas passados três meses, conclui que não houve qualquer desenvolvimento.