Nos últimos seis anos em que o CDS está à frente da Câmara Municipal de Santana, a aposta do município já permitiu recuperar várias casas de colmo, sobretudo na freguesia de Santana, onde se contam 34 casas beneficiadas, e em São Jorge, onde 4 das suas casas típicas também contaram com os apoios camarários para a sua colmatação, num total de 100 mil euros.
E Dinarte Fernandes, que subiu a presidente com a saída de Teófilo Cunha para o Governo, garante que a aposta é para continuar. Prova disso é o procedimento em curso, que reserva uma verba de 50 mil euros para a colmatação de 10 casas típicas de Santana, das quais 7 serão colmatadas este ano e as restantes em 2020.
Refira-se que este trabalho de recuperação, que custa, em média, 3.000 euros por casa, esbarra na falta de colmo em quantidades e condições que permitam atender às necessidades. Também aqui a Câmara tem tido um papel importante, levando a que os agricultores semeiem o trigo com a certeza de que além da farinha, terão garantido o escoamento do restolho, que poderá render 10 euros ao maranho. Não é, no entanto, ainda suficiente. Além de que, a qualidade do restolho depende das condições climatéricas e da própria experiência do agricultor.
Ao ‘Diário das Freguesias’ Dinarte Fernandes salienta que “os primeiros passos para não deixar que as casas se extingam ou se reduzam apenas às que são propriedade pública estão dados”. O autarca lembra que é necessário ir mais além, sendo fundamental que “Câmara e Governo possam prever, legalmente ou regulamentarmente, que estas casas possam ter exploração do tipo comercial pelos particulares”, embora salvaguardando aquelas que são as suas características. “Só é possível assegurar a existência das casas típicas de Santana e de São Jorge se de facto houver economia a funcionar ao redor destes imóveis, que, por exemplo, neste momento não podem ter licença de utilização”, lamenta.
Segundo um levantamento efectuado pela Câmara em 2014 existem 52 casas típicas de Santana e pouco mais de uma dezena de casas típicas de São Jorge.