Renato Brito
Renato Brito
Fomos recentemente chamados a votar para o parlamento europeu. Nestes dias, com muita ou pouca abstenção, a verdade é que muitos de nós somos convocados à origem, à nossa freguesia para votar.
Isto para aqueles que como eu não tem interesse em saltar de freguesia em freguesia como se importante não fosse a PRIMEIRA freguesia, a minha!
Mas o que vim cá na verdade perguntar é onde se situa o Campanário nas eleições europeias? Mesmo! Alguém me clarifica?
Digam-me os entendidos:
Se há 30 anos eu não conseguia enviar um correio electrónico,
Se há 20 anos eu não conseguia ligar à minha mãe sem ser do telefone fixo,
Se nestes últimos 10 anos continuamos sem saber quantos países entram e saem da Europa. Onde cabe o Campanário no parlamento europeu? Sou só eu que penso nisso? Não é a América que continua a mandar? Ou afinal somos mesmo nós e nem o sabemos?
As campanhas são uma azáfama atrapalhada com arruadas (ainda existe mesmo isso?), com pessoas completamente desconhecidas – que nem são os reais rostos dos candidatos efetivos ao parlamento. É uma confusão, é uma anti paixão que ninguém explica. E, afinal, onde cabe o Campanário no parlamento europeu? Alguém esclarece?
Sim! Estamos melhores. A Europa tem servido para aproximar, impulsionar, visionar. Afinal há uns anos atrás não existia turismo de habitação na minha freguesia, nem havia caixotes de separação do lixo, vejam lá! E quantas ribeiras levaram os fundos europeus do ecoponto? Sim, hoje estamos melhores!
Não é o Campanário que precisa entrar pela porta do parlamento europeu adentro.
Somos nós, ativos, na nossa freguesia, nas nossas freguesias, no nosso condomínio, nos nossos parlamentos diários. É aí que a Europa vai ganhando votos. É aí que o mundo recebe os fundos Europeus. É aí que o nosso voto vai fazendo a diferença.
-Já agora, não esqueças de desligar a luz quando fores embora. Mesmo que venham aí uns fundos europeus para a energia renovável.