A Casa do Povo da Camacha (CPC), entidade responsável no Concelho de Santa Cruz pela gestão executiva e operacional dos fundos de Apoio Social Fundo de Emergência de Apoio Social – FEAS (montante regional de 5 milhões de euros) e o Fundo de Apoio às Organizações Locais – FAROL (500 mil euros), apoiou, em 2020, 2.590 pessoas/901 famílias, num valor total de 1.041.800 euros.
Os programas são respostas sociais criadas pelo Governo Regional (GR), no âmbito das medidas extraordinárias de apoio às famílias perante os efeitos da pandemia Covid-19.
Os fundos destas medidas diferenciadoras, implementadas pelo GR antevendo as dificuldades que as famílias iriam sentir na sequência das medidas restritivas de combate à pandemia, foram geridos pela Secretaria Regional da Inclusão Social e Cidadania, sendo executados em parceria com 16 instituições que abrangeram todos os concelhos da Região.
No concelho de Santa Cruz a entidade responsável pela atribuição das verbas provenientes dos fundos em causa foi a CPC que, “desde a primeira hora, desenvolveu todos os esforços para que os apoios chegassem às famílias que deles necessitavam em tempo útil e com a maior brevidade possível”, destaca Ricardo Vasconcelos, presidente da direcção CPC.
“Com muito esforço e abnegação, a equipa de trabalho esteve continuamente ao serviço, dada a causa e emergência social inerente, o que resultou num eficaz apoio, através do FEAS, a 1.763 pessoas, num universo 651 famílias, totalizando 961.300 euros. Note-se que todos os pagamentos a estes beneficiários foram realizados por transferência bancária”, ressalva.
No que concerne ao FAROL, executado em parceria com as Casas do Povo do Caniço, Gaula, Santa Cruz e Santo da Serra, “foram apoiadas 827 pessoas num universo de 250 famílias e num montante de 80.500 euros. Este apoio foi materializado na entrega de 782 cabazes alimentares e 105 computadores portáteis com respectiva mala e rato”, refere o dirigente.
Estes programas, de natureza extraordinária, ajudaram as famílias a fazer face às dificuldades financeiras e resultantes de situações de lay-off, desemprego, quebra de rendimentos, salários em atraso, e no caso do FAROL às dificuldades materiais resultantes de situações de carência agravadas e motivadas pela pandemia e sentidas pelos residentes do concelho.
Ricardo Vasconcelos deixa bem vincado que “todo o processo de cada candidatura, desde o momento em que a pessoa contacta a Casa do Povo até à efectivação do apoio, é baseado no sigilo absoluto dos dados tratados, bem como no rigor do escrutínio das situações apresentadas para que o cumprimento das regras e normas de aplicação dos fundos.
Tudo é feito de forma competente, profissional, cumprindo escrupulosamente as regras e lei, mas sempre com o humanismo que merece quem se vê forçado a recorrer a estes apoios”, sublinha.
Fundada em 25 de Maio de 1937, a CPC conta 83 anos de existência e tem actividade ininterrupta na área social, desportiva e cultural, sempre em prol da população da freguesia e do concelho de Santa Cruz.
Além da actividade cultural e desportiva com forte tradição, a Casa do Povo tem como missão a prestação de apoio social, quer à população mais jovem, através da loja da juventude, equipa de rua do Bairro da Nogueira, polo de emprego e outras actividades, como à população idosa, através do Centro de Dia e Centro de Convívio, Academia Sénior e Dança Sénior.
“Estivemos continuamente no terreno e nunca fechamos portas, apoiando a população com carências económicas e sociais, através das nossas diversas valências”, destaca Ricardo Vasconcelos.
Neste tempo excepcional, colaborámos na gestão de apoios sociais como é exemplo o FEAS e o FAROL, que vieram responder a situações de vulnerabilidade social e económica motivada pela Covid-19, mas estivemos também no suporte do projecto de iniciativa cívica ‘SOS Camacha Covid-19’.
A CPC assegura actualmente 19 postos de trabalho “que serão reforçados neste ano de 2021 para fazer face aos desafios que nos propomos a desenvolver, porque somos uma instituição virada para as pessoas, aberta e interventiva, de todos e para todos”, justifica.