Sara André já reagiu ao facto de ser candidata à Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha pelo PSD e de retomar à vida política activa. “Não foi uma decisão fácil, pois já tinha assumido que não queria voltar à vida política”.
A antiga deputada diz ter sido, já hoje, confrontada por várias as pessoas que se “interrogaram como fui capaz de aceitar um desafio tão difícil, com o suposto ‘estatuto’ que tenho e depois de tudo o que passei na vida político partidária. A maior parte destas afirmou que nunca aceitariam esta situação em que agora me coloco”, reage na sua página do Facebook, no dia em que o DIÁRIO veicula a sua candidatura.
“Apenas respondo que, tal como eu, muitos são movidos por um sonho, talvez utópico para a maioria, o sonho de servir a população com isenção, lutando por melhores condições de vida para todos, comprovando os seus princípios de como estar na politica”, observa numa longa explanação.
Prosseguindo em modo de justificação: “Esta não será uma candidatura da Sara André. É uma candidatura de uma equipa que quer uma Fajã da Ovelha com oportunidades, com desenvolvimento, voltada para cada uma das pessoas que residem nesta freguesia, sem discriminações. Todos os sítios desta freguesia são importantes sem exceção. Esta é uma candidatura que vai olhar para as carências de cada um, seja da população mais envelhecida e que se dedica essencialmente à agricultura, seja da população mais jovem que quer condições para crescer ou criar as suas famílias”.
Recorda que reside na Fajã da Ovelha há quase 20 anos, razão para conhecer bem a realidade das pessoas. “É aqui que conto ficar o resto da vida, educar os meus filhos e mostrar-lhes, com orgulho, que é um privilégio morar aqui. Não há outro lugar no mundo onde gostaria de estar”, declara a social-democrata, referindo que, “se, numa primeira fase, o meu afastamento foi imposto, nos últimos anos foi auto-imposto”, explica, dizendo que recusou vários projectos que lhe foram sendo apresentados, “inclusivamente, por vários quadrantes políticos”.
Garante que não ter “qualquer ambição futura a este nível”, e só aceitou o desafio de ser candidata a presidente da Junta “porque acredito no projecto que o presidente da Câmara Carlos Teles tem para o concelho e particularmente para a Fajã da Ovelha”.
Lembra que é “militante convicta do PSD, mas nunca deixei de criticar ou reivindicar o que acho correto para as pessoas da Região e em especial da Fajã da Ovelha, independentemente de quem está a governar”, vincando que “os princípios ideológicos nunca os perdi, mas sempre que considerei que se me impunha esse dever e manifestei publicamente o meu desencanto com alguns dirigentes e suas opções políticas”, de resto sem especificar quais, no entanto lembra que “nunca fui, ou serei, uma militante pacífica e conformada no meu partido”.
“Quem me conhece sabe que não terei ‘papas na língua’, que não me acomodo e que não faço cedências no que é importante ou que me vergo a pressões para aligeirar o discurso do que tem de ser dito”.
Diz acreditar nas pessoas que me irão acompanhar. Em cada uma delas vejo o amor à sua freguesia e sei que tudo farão para que tudo melhore”.
E o princípio é claro: “Em primeiro lugar está a Fajã da Ovelha, em primeiro lugar estão as pessoas. Tudo o que faremos será em prol da nossa freguesia.
Todas as pessoas que serão apresentadas como fazendo parte da equipa são fundamentais, são importantes, são competentes, são respeitadas”.