A Exposição Regional do Limão, que se realiza em Abril, na Ilha, concelho de Santana, é o ponto alto dessa freguesia. Milhares de pessoas acorrem ao Norte para participar nesta que é uma autêntica festa popular.
A esta junta-se, em Novembro, a Semana Cultural da Ilha, que conta já com 31 edições e que pretende levar a cultura a essa freguesia, revitalizando-a e atraindo mais gente para conhecer a Ilha. É organizada pela Casa do Povo local.
No entanto, quem visita esse local durante o resto do ano, fica longe de imaginar a quantidade de pessoas que acorrem a essas festividades. Fomos até à Ilha, no final do mês de Junho, pela hora de almoço. Encontrámos apenas uma pessoa. É o espelho desta freguesia, que se diz esquecida.
Maria estava sentada à beira da estrada, à espera de uma ambulância que viesse socorrer a cunhada, que apresenta alguns problemas de saúde. “Nunca mais chega”, dizia a mulher à nossa reportagem. A verdade é que o ‘centro’ da freguesia da Ilha fica distante de tudo, um local isolado na Laurissilva.
Aliás, muitos desconhecem, mas tanto a levada do Caldeirão Verde como a vereda do Pico Ruivo, ficam localizados nesta freguesia. Não é de espantar a procura por esse tipo de actividades. No entanto, por natureza, são visitas de passagem, tal como é a vereda da Ilha. À entrada, vários carros de rent-a-car estão parados, deixando perceber que há quem esteja a realizar esse percurso pedestre.
Mas voltamos a procurar por gente e, na volta pelo centro da freguesia, apenas encontramos Maria, a quem perguntamos pelos seus vizinhos, pelas pessoas da freguesia. “As pessoas daqui estão no cemitério”, responde. Esta é uma resposta que vem acompanhada de silêncio, o mesmo silêncio que se faz ouvir por toda essa zona. A mulher está junto ao polidesportivo. No entanto, não há qualquer barulho de crianças a brincar até porque, “por aqui só existem duas crianças pequenas e andam na escola em Santana”.
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