É uma promessa bastante antiga e que continua por cumprir. “Sempre que há eleições” fala-se de revitalizar o espaço onde outrora funcionou a escola dos 2.º e 3.º ciclos de São Jorge, tornando esse edifício num lar para idosos. A promessa “já tem barbas”, tal como os idosos que deveriam usufruir desse serviço.
“Querem ver algo que poderia mudar? Vão até à antiga escola e vejam como aquilo está”, diz ‘Maria’ à reportagem do DIÁRIO. Numa conversa de café, no Polaris Pub, perto da Junta de Freguesia local, a nossa reportagem encontrou um grupo de fregueses, que se foram juntando à conversa. Ninguém quis dar o nome, até porque, “isso não interessa”, o que importava é que “fizessem alguma coisa, mas nada muda”.
‘João’ esteve emigrado durante vários anos, regressou à Madeira e com dois filhos pequenos diz que não se arrepende de ter escolhido a sua terra natal para viver. Mesmo assim, não se deixa iludir por promessas. “A verdade é que quando há eleições prometem muito, mas ninguém se dá ao trabalho de perceber se há dinheiro para fazer cumprir o que prometem”, atira para a conversa.
“O que mais faz falta aqui é emprego”, indica Guilherme Marques, enquanto vislumbra as crianças a saírem da escola à hora de almoço. Se não houver emprego, não há quem fique no Arco de São Jorge, pois não tem como criar a família. Aliás, as crianças são tão poucas que apenas funciona a escola do 1.º ciclo. A partir do 2.º ciclo, os alunos seguem para Santana.
A Via Expresso até São Jorge melhorou o acesso para quem precisa chegar à freguesia. Mas o que a maioria considera é que isso aplica-se em caso de necessidade: “quem precisa de cá vir tem o trabalho facilitado. Quem passeia, não passa pelo centro de São Jorge”. Por isso, os populares não conseguem perceber melhorias significativas com a chegada dessa via. Pelo contrário: “os cafés subiram os preços”, afiança.
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