Fábia Gomes
‘Diário das Freguesias’ já está on line
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Depois da tempestade, bonança garantida!
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Na minha Calheta há lugares que não precisam de nome. Têm história e estão cheios de estórias, são lugares que nos envolvem, e proporcionam um misto de ruralidade e urbanidade.
Quando parti rumo ao continente para estudar, entendi o verdadeiro valor desta dicotomia. Pois foi no momento em que me afastei que senti a preponderância de um ambiente assim no meu dia-a-dia. Lisboa é também um lugar de encanto, dotada de uma beleza indescritível, mas não há nada como a serenidade do lugar a que podemos chamar de casa.
Sou natural da Calheta e sempre que falo dela fica tanto por dizer… Ter de deixar a minha Terra-Natal e o alargar de horizontes foi necessário para o meu crescimento, porque nunca deixarei de ter uma vontade insaciável de conquistar o mundo e tudo o que tem para oferecer.
Mas aquele cantinho, aquela zona rural a que chamo de lar, será sempre o meu ponto de retorno.
Trata-se de um lugar não só de clima quente, mas também de corações grandes e sorrisos fáceis. E para mim não há nada melhor que adormecer e acordar todos os dias com a brisa fresca do mar…
Trata-se de um lugar não só de clima quente, mas também de corações grandes e sorrisos fáceis. E para mim não há nada melhor que adormecer e acordar todos os dias com a brisa fresca do mar, poder sair de casa e parar um pouco a rotina diária para dar um mergulho na vila, ou então subir ao Paúl da Serra e terminar o dia com um verdadeiro espetáculo da natureza que é o pôr-do-sol.
A vista a partir do Centro das Artes – Casa das Mudas enche-me a alma, e é um destes lugares que me confirmam uma paixão de vida, sem prazo de validade. É no topo desta encosta que se situa um dos meus sítios preferidos. Magnânima, a vista desta varanda é clara e intensa. E se daqui abraço mais uma vez, a praia, o meu mar, as montanhas, é quando olho para a Igreja Matriz e para o Engenho, que confirmo o quanto a minha freguesia evoluiu. Daqui avisto ainda a minha infância, e constato todas as diferenças. Relembro os caminhos, as veredas, o calhau, o cais, os mergulhos… O amor confirma-se, a história do Concelho inspira-me, e o futuro é hoje desafiante.
A Calheta tem muito para oferecer, e em cada canto um sorriso acolhedor cruza o caminho de quem quer que esteja de visita. É bem-vindo aqui quem tem sede de ser assoberbado pela beleza apaixonante que esta freguesia tem para oferecer. É uma casa para mim, mas também acolhe aqueles que se aventuram a conhecer aquilo que de melhor há no Portugal aquém-mar.
