Juvenal Rodrigues
Juvenal Rodrigues
Aproxima-se, a passos largos, três atos eleitorais qual deles o mais importante. A 26 de Maio 2019 temos a eleição para os deputados ao Parlamento Europeu (PE) e a Madeira normalmente coloca 2 deputados para um mandato de 5 anos.
A 22 de Setembro 2019 temos eleições para Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) as quais elegem o Governo Regional e os deputados para a ALM. No dia 6 de Outubro 2019 será as eleições para a Assembleia da República (AR) para eleger o Governo da República e os deputados à AR. Por isso acho que as Juntas de Freguesia na qualidade de órgão de poder mais próximo da população têm um papel fundamental na informação aos cidadãos, independentemente da sua cor política.
Se me perguntassem qual destas eleições teria mais importância eu teria dificuldade em classifica-los dado que cada um tem especificidades distintas para a vida dos cidadãos.
No Parlamento Europeu, em Bruxelas, temos que ter voz para alertar para as desigualdades que cada vez mais se acentuam no seio da UE entre os países mais ricos e os mais pobres. Dali saem os grandes apoios às RUP (regiões ultra periféricas) nas quais a Madeira está inserida e de onde é proveniente cerca de 50% dos fundos que a Madeira recebe através dessa rubrica, cujo objetivo é promover uma economia sustentável e a consequente criação de emprego. Estamos a falar, entre outros, de apoio à agricultura, às PME s, ao turismo, às tecnologias digitais, à preservação da natureza ou ao investigação e inovação.
As eleições legislativas são aquelas que irão eleger o presidente do Governo Regional e os 47 deputados à ALM e serão, por ventura, aquelas que os madeirenses estão mais familiarizados e as que se fazem sentir mais diretamente no nosso quotidiano porque é nelas que entregaremos a governação da nossa região a um Governo que irá orientar os seus destinos nos próximos quatro anos, 2019/2023, daí a grande responsabilidade que temos para eleger uma pessoa responsável com capacidade política, que saiba gerir a nossa frágil economia, que aposte no sector da cultura, no sector da tecnologia e sobretudo que seja sensível ao sector da saúde que se tornou o calcanhar-de-Aquiles desta terra e está a afetar milhares de doentes, uns à espera de cirurgias, outros de tratamentos oncológicos e até mesmo aqueles que desesperam por uma simples consulta ou um exame.
Mais para o fim de um ano recheado de eleições votaremos para eleger os 230 deputados ao Parlamento entre os quais, estarão normalmente 6 deputados eleitos pela Madeira e ainda para o Primeiro Ministro que ira governar Portugal. Num Mundo que está a tornar-se numa aldeia global é de primordial importância saber eleger governantes que independentemente da sua ideologia política sejam pessoas honestas e bem formadas moralmente que se esforcem por diminuir as desigualdades sociais e, sobretudo, erradicar a corrupção a maior praga do século XXI.
Mas se hoje temos pouca confiança nos políticos como iremos saber quem são os melhores? Perguntar-me-ão. A finalidade deste artigo é exatamente contribuir e alertar para a escolha de todos os elementos que integram os cadernos eleitorais. É necessário que as pessoas procurem informar-se bem e saber quem são os candidatos. Depois leiam o programa eleitoral de cada força política que concorre às eleições para se inteirarem das medidas que propõem para governar. Por fim, tomem nota das promessas eleitorais e depois do sufrágio cumpram o seu dever de cidadania obrigando os eleitos a cumprirem aquilo que prometeram durante as campanhas.
Antes de terminar cabe aqui um alerta para os jovens que ainda não se aperceberam que através dos voto, têm nas mãos o poder de decidir o seu futuro. Uma vez que estão familiarizados com as novas tecnologias, não é difícil informar-se sobre o perfil dos candidatos e ter acesso aos programas eleitorais daí a importância vital de todos os jovens se interessarem pelo ato eleitoral podendo ainda ajudar os mais velhos a informar-se através dessas mesmas tecnologias, hoje, ao alcance de todas as pessoas. Votem, não custa nada!