Manuel Pestana Francisco assinala hoje 101 anos. De memória fresca lembra as agruras da Madeira profunda e de uma Boaventura onde homens e mulheres da freguesia eram quase todos “magros”. Tudo mudou.
A fome pontificava daquele tempo e não dava margem para ter corpos avantajados como aqueles que viu logo que chegou à Venezuela para onde emigrou aos 33 anos à procura de melhor sustento e de rendimentos para enviar para casa.
“Foi tarde? Foi quando consegui ir. Mas foi duro. Muito duro”, começa por dizer agarrado ao livro dos “quatro evangelhos” provando de seguida que sabe ler e sem necessidade de recorrer a um par de óculos.
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