O auditório da Casa do Povo do Faial recebeu a primeira sessão de 2020 da Assembleia Municipal de Santana. Manuel Luís, presidente da Junta do Faial, fez justiça à condição de anfitrião para, no período de Antes da Ordem do Dia, levar à Assembleia várias reivindicações. Nomeadamente, a estrada do Lombo Lourenço, o arranjo da estrada da Fajã do Mar e a ligação da vereda da Penha de Águia à Foz da Ribeira do Faial. Falou também da necessidade de uma intervenção no Fortim do Faial. Em resposta o presidente da autarquia disse que todas as questões eram pertinentes, nomeadamente a intervenção no Fortim. Dinarte Fernandes disse, ter há mais de quatro anos orçamentos para recuperar tapassóis, soalho e suportes dos canhões. “Só não foi feito porque não nos deixaram” revelou o autarca. Relembrou que a câmara fez a sustentação de parte da muralha que ameaçava cair. Concluiu ainda, que, espera no entanto, ter oportunidade de reunir com o procurador da família proprietária do imóvel, para chegar a um consenso sobre a recuperação do Fortim.
Manuel Luís relembrou também a recuperação do “cruzeiro”, monumento emblemático em cantaria da Madeira, construído aquando da edificação da Ponte da Ribeira da Metade. Este monumento em ruínas localiza-se nas Cruzinhas. Sobre isto o jovem autarca, respondeu que já em 2014, pediu um orçamento para a recuperação daquele importante monumento, assim como da vereda de acesso ao mesmo, mas, na altura, a Junta de Freguesia “indeferiu” essa pretensão alegando que seria a própria Junta a candidatar e executar essa recuperação através de fundos comunitários. Manuel Luís admitiu isto mesmo, tem, inclusive, um projecto para o local que não conseguiu executar, segundo o próprio, “por falta de apoio financeiro da câmara”, mostrou-se no entanto disponível, para, o entregar à Câmara para que a recuperação do ‘Cruzeiro’ avance.
Sobre a estrada da Fajã do Mar, Dinarte Fernandes disse que, “sem o esforço conjunto do Governo e da Câmara” não é possível pensar numa obra que o próprio diz ser de “difícil execução devido à instabilidade da massa rochosa ali existente”. Em jeito de crítica, disse ainda que, “em vez de visitas em tempo pré-eleitoral seria melhor fazer um projecto e estimar os custos da estrada”, atirou.
Em jeito de remate, o autarca do CDS informou que a Câmara vai recuperar as varandas do Cais da Fajã do Mar.
Ainda sobre o Faial, Dinarte Fernandes mostrou-se preocupado com as águas residuais do Complexo Habitacional das Covas, problema que teima em não ser resolvido por quem de direito.
Alertado por Joaquim Batista Rosa, o presidente da Câmara teve ainda tempo para falar do procedimento da concessão do restaurante da Foz da Ribeira do Faial e no estado em que se encontra o empreendimento que é propriedade da Sociedade de Desenvolvimento do Norte (SDN), nomeadamente, a zona do patinodromo que, pelo estado dos espaços verdes tem sido alvo de críticas. Informou que teve uma reunião com a Sociedade de Desenvolvimento para falar destes e outros assuntos relacionados com a gestão conjunta daquele espaço, mostrando-se interessado em colaborar através de um protocolo, numa gestão conjunta com a SDN de forma a não comprometer, por exemplo, o galardão de praia bandeira azul. Não deixou o autarca de referir, estar “cansado” das situações de falta de água nos chuveiros e bebedouros, que, não sendo da responsabilidade da Câmara, “são críticas que sobram sempre para a Câmara.”