Por reconhecer a grande importância em manter acessível com a segurança possível o acesso ao cais da Fajã do Mar, na freguesia do Faial, a Câmara Municipal de Santana acaba de investir alguns milhares de euros na contratação dos quatro rocheiros que estiveram, recentemente, a executar trabalhos de limpeza e saneamento de blocos rochosos instáveis da arriba sobranceira à estrada de acesso à Fajã do Mar.
Além da intervenção de saneamento levada a cabo pelos rocheiros, Dinarte Fernandes admite pagar mais 1.400 euros para adjudicar ao LREC – Laboratório Regional de Engenharia Civil para fazer o levantamento e consequente avaliação técnica da referida arriba.
De uma assentada só o autarca procura garantir com este investimento “uma certa consolidação da zona mais complicada” sobranceira à estrada de acesso ao concorrido cais da Fajã do Mar.
“A Câmara reconhece que é muito importante aquele acesso, por isso tinha que ser feito ali alguma coisa”, justifica.
O autarca do CDS aproveita para mandar recado ao Governo.
“Vejo outros investimentos de natureza marítima, portuária, etc. serem feitos em outros concelhos” para concluir que “também já chegou a hora de nós começarmos a ser mais reivindicativos em relação à Fajã do Mar e também o governo ser mais objectivo em termos daquilo que quer para a Fajã do Mar”, reclamou.
Da parte do Município está dado o primeiro passo em “pelo menos assegurar que a estrada tem condições”. Já a questão do cais e do acesso ao mesmo, remete para o Governo essa responsabilidade. Apesar de reconhecer que “neste momento não há dinheiro para tudo” pede “que haja dinheiro pelo menos para fazer alguma consolidação daquela escarpa e também para a sustentação da estrada”.
Um pedido já formalmente feito ao Governo Regional através de carta endereçada ao Vice-presidente “a sensibilizá-lo para a importância daquela acessibilidade”.
O autarca do CDS também gostava de ver o Governo Regional “proporcionar naquela zona condições que todos os concelhos têm”. Apontou os exemplos dos investimentos feitos na orla marítima da Calheta, da Ponta do Sol e da Ribeira Brava, tendo destacado o famigerado investimento feito na Marina do Lugar de Baixo, para desabafar: “O que se gastou lá, se tivessem gasto na Fajã do Mar fazíamos uma festa”, declarou.
Da parte da Câmara, deixa claro que só o facto de ter assumido os custos com a intervenção dos rocheiros e ter contratado a avaliação do LREC “já é investimento significativo”. Razão para também deixar claro que mesmo sendo ano de eleições Autárquicas não vai embandeirar em promessas com a situação da Fajã do Mar. “Se as pessoas querem continuar a usar a Fajã do Mar em campanhas eleitorais para promoverem isto ou aquilo, é com eles. Eu não vou prometer nada. Apenas vou-me limitar a reparar o caminho”, concretizou.