O presidente da Junta de Freguesia dos Prazeres volta a ser notícia, agora por ser alvo de queixa-crime por causa de comentário “injurioso, ofensivo e difamatório” que publicou na rede social Facebook contra Magno Jardim, autor de post a criticar as ‘modernices cimentadas’ naquela freguesia do Município da Calheta.
Paulo Sérgio Ferreira, autarca dos Prazeres, não gostou do teor da publicação que visava uma requalificação feita junto ao Centro Cívico dos Prazeres. O autor, Magno Jardim, empresário, escritor e investigador independente escreveu “modernices cimentadas, árvores num jardim, fora do seu habitat natural, plantadas em vasos de betão”, referindo-se à requalificação do jardim em causa. “Já não percebo se é por estar aborrecido, por achar que este mundo está cada vez mais a ficar artificialmente de pernas viradas para o ar ou se foi mero erro de arquitectura etc etc”, concretizou o autor no post publicado na tarde desta quarta-feira.
Menos de uma hora depois da publicação, já o presidente da Junta dos Prazeres reagia de forma contundente, na sua página pessoal. “Este senhor que se diz escritor mas que para mim não passa de uma burra, devia saber que o dinheiro até pode comprar o sucesso por momentos mas o dinheiro nunca tornou ninguém mais inteligente. Sendo assim uma burra será sempre uma burra, teso ou com dinheiro”, ripostou Paulo Sérgio, associando ao post um ‘print screen’ com a publicação tirada do perfil de Magno Jardim.
O ofendido formalizou, esta quinta-feira, queixa contra o autarca na esquadra da PSP da Calheta. Magno Jardim acusa Paulo Sérgio de ser “altamente injurioso, ofensivo e difamatório do meu bom nome, actuando por forma a denegrir a minha pessoa e as instituições as quais represento e as opções profissionais por mim tomadas”. Considera que a mesma causou dano ao ser alvo de “chacota injustificável”, apenas porque fez uso “da livre e expressa liberdade da crítica de ter observado uma árvore num jardim público plantada num cântaro de cimento e não no chão ou na terra sendo esse o se habitat natural”, justifica.
O DIÁRIO questionou o presidente da Junta dos Prazeres sobre o incidente. Apesar de parco em palavras, Paulo Sérgio voltou a ser corrosivo: “O que eu disse foi um elogio a esse senhor”, afirmou.