A batata-doce vai reforçar o calendário anual de festas alusivas às produções agrícolas, com a realização de um festival anual a acontecer na freguesia de Ponta Delgada ainda em data a definir, mas ao que tudo indica, entre o final do Outono e princípio do Inverno.
A realização do I Festival da Batata-Doce chegou a ser pensado já para este ano, mas a presidente da Casa do Povo de Ponta Delgada, Maria Matilde Fernandes, opta por ‘deitar água na fervura’ e admitir o adiamento da estreia do novo evento “possivelmente para o próximo ano”, revelou ao DIÁRIO.
No plano de actividades da Casa do Povo de Ponta Delgada para 2020 consta a realização do I Festival da Batata-Doce – Rainha na Côrte do Norte, mas o atraso na conclusão do Caderno de Especificações para registar a batata-doce da Madeira como sendo um produto IGP – Indicação Geográfica Protegida, cuja Portaria que estabelece a recomendação técnica relativa à qualidade comercial da batata-doce só veio a ser publicada no passado mês de Dezembro, motiva o adiamento do evento.
“Tínhamos previsto no Plano [de Actividades] realizar o I Festival da Batata-Doce, mas este ano ainda não vai ser feito devido ao processo burocrático que ainda está a ser feito, e bem, para valorizar e proteger o nosso produto regional. Como ainda estão a decorrer esses registos e porque não gosto de trabalhar em incertezas, só quando estiver ‘preto no branco’ é que vamos fazer o primeiro festival, possivelmente em 2021”, apontou.
Embora com a ressalva que “ainda não é oficial”, Matilde Fernandes revela que o final do mês de Novembro ou segunda metade do mês de Janeiro são as datas mais prováveis para encaixar o Festival da Batata-Doce no preenchido calendário de eventos patrocinados pela Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
“Porque a grande força da produção é em Dezembro, no final de Novembro, talvez no último fim-de-semana, seria uma data a ponderar, porque em Dezembro já há tanta coisa. Ou então no terceiro fim-de-semana de Janeiro também seria uma boa data, atendendo que antes há o Cantar dos Reis e o Santo Amaro e depois o ‘Panelo’ e a Mostra da Poncha e do Mel. Temos que jogar com as outras festas que já acontecem porque também seria desagradável sobrepor eventos”, argumenta.
A dirigente admite que chegou a ponderar outra data, mais próximo da Primavera, procurando evitar a probabilidade do tempo não ser tão favorável no final do Outono e início do Inverno, “por isso para nós tinha todo o interesse ser em Março, mas nessa altura, segundo os nossos agricultores, a produção já não é a melhor”.
Apesar das dúvidas que ainda subsistem, reafirma a intenção de organizar, entre Novembro e Janeiro, o festival para promover a batata-doce.
Já confirmados para este ano estão a Festa de Santa Isabel – Produtos da Terra – Tradição de um povo, a acontecer entre os dias 5 a 7 de Julho e o ‘Até ao lavar dos cestos é vindima’, a 28 e 29 de Setembro.