Ricardo Augusto
Ricardo Augusto
Não tarda muito, mais dia, menos dia, sou “alertado” pelo Diário de Noticias pelos conteúdos do “meu” espaço de opinião.
A verdade é que sou um acérrimo defensor de que devemos estar sempre atentos às novas tendências e por conseguinte partilha-las com quem nos rodeia. Neste caso faço questão de partilhar consigo caro Leitor.
Vivemos nos dias de hoje numa era onde a tecnologia impera e onde tudo dificilmente nos escapa. Rodeados de smartphones, tablets, redes sociais, fotografias e posts instantâneos, fazemos questão de divulgar tudo o que vemos e acima de tudo o que sentimos.
Hoje em dia, cada vez mais somos a favor da transparência, do “politicamente correto” e valorizamos as marcas e os negócios que contribuem não só para o bem-estar do cliente mas também do meio onde estão inseridas. Falamos de responsabilidade social e do eticamente correto por exemplo.
A velha máxima “não basta parecer, tem de ser” nunca foi tão importante como agora!
Certamente o Leitor, sabendo de antemão que a empresa X coloca no mercado algo que foi produzido de forma menos correta, irá optar pela empresa Z que, contrariamente à sua concorrente, teve o cuidado, a decência e acima de tudo a responsabilidade de produzir de acordo com os padrões exigidos pela nossa sociedade (atenção que os mesmos são suscetíveis de alterações tendo em conta as culturas, os povos, etc.).
Cada vez mais o cliente “exige” das suas marcas total transparência em todas as fases da elaboração do produto quer a nível das matérias-primas quer a nível dos intervenientes nas diversas fases do processo. O cliente dos nossos dias sente-se no “dever” (já não falamos apenas no “direito”) de exigir da sua marca total confiança.
É aqui que entra o conceito inovador da “Glass Box versus Black Box” ou “Caixa de Vidro contra Caixa Preta”.
Os negócios, produtos e empresas do futuro (e refiro-me já em 2018) terão que ser uma verdadeira caixa de vidro. Uma caixa transparente onde do exterior é visível a forma como as equipas trabalham, os seus valores e acima de tudo a forma como se sentem ao faze-lo.
O facto de hoje vivermos num mundo conectado fez com que tivéssemos acesso a dados e a informação que nos permite avaliar de forma eficaz, concreta e verdadeira (não vamos falar de fake news ou contra informação porque ai a história já será contada de outra forma) tudo à nossa volta inclusive, e mais do que nunca as Marcas. Nunca o conceito do “emocional” foi tão forte e se formos a ver, as marcas constroem-se através de laços emocionais. O cliente/leitor vai a um local ou compra determinado produto porque se sente bem e se identifica com o mesmo.
Até há bem pouco tempo, as empresas, os negócios e os produtos “viviam” em caixas pretas onde o “bastava parecer” era mais do que suficiente aos olhos do cliente/hóspede/consumidor. Valores, normas, procedimentos e regras valiam quando era “preciso” que valessem…
Esse tempo já lá foi e aos meus olhos, enquanto gestor hoteleiro e alguém que acima de tudo é responsável em conjunto com equipa fantástica de profissionais por transmitir uma imagem de confiança do produto e serviço que disponibiliza, digo com toda a frontalidade: Nós aqui na Calheta sempre “fomos”!