Este sábado e domingo a freguesia dos Canhas volta a honrar a sua padroeira, Nossa Senhora da Piedade, mesmo numa altura em que a localidade vive alguns constrangimentos financeiros, empolados pelo desemprego e pelas dificuldades por que passam algumas das comunidades de emigrantes, habituais contribuidoras para estas celebrações.
Perante estas circunstâncias, o pároco local endereçou um convite aos seus paroquianos, no sentido de se inscreverem como festeiros, tornando, assim, viável a realização deste arraial tipicamente madeirense. Reuniram-se 90 pessoas, que com as suas contribuições, juntamente com o apoio dos demais paroquianos e de diferentes entidades públicas e privadas viabilizaram a verba necessária para custear todos os gastos. Refira-se que, de modo a poupar nas despesas, as decorações deste ano, tanto no interior, como no exterior da igreja, foram feitas pelos paroquianos, aos fins-de-semana, no decorrer do último mês.
Estão, pois, reunidas as condições para um fim-de-semana de muita animação, como sustenta o cartaz e nos assegura o padre Paulo Sousa, que acaba de completar 25 anos de sacerdócio. É o próprio quem nos esclarece que, este ano, a festa decorrerá em dois recintos, o adro da igreja e o espaço que a paróquia possui ali perto.
Para amanhã está reservada a actuação do Dj Jaime Freitas, às 18 horas, seguindo-se os Animaparty, às 21h30, e Pedro Garcia, às 22 horas. No domingo, será a vez dos Electro Band, às 19 horas, de Thelma e Fenix Band, às 22 horas, cabendo o encerramento ao Dj Paul P, à meia noite. De referir que, alguns destes artistas voltam a subir ao placo no fim-de-semena seguinte, animando as celebrações em honra do Santíssimo Sacramento.
Quanto às celebrações litúrgicas, que já começaram no decorrer da semana, com o novenário por cada sítio, têm o seu ponto máximo amanhã, às 20 horas, com a missa solene, e no domingo, às 16 horas, com a missa seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Piedade.
Críticas à SPA
Apesar de todo o esforço de contenção de gastos, o padre Paulo Sousa não deixa de criticar “os valores elevados” que são exigidos pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) pela actuação dos artistas, “que limitam bastante a possibilidade de realização de eventos desta natureza”, não só nos Canhas, mas em diferentes paróquias da Região.