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Castanhas em seco

11 Novembro, 2020 às 11:34
Isabel Cristina Camacho

Isabel Cristina Camacho

Longe vão os tempos em que os almoços, se reduziam aos frutos da época: Castanhas, pimpinelas, batata-doce e algumas semilhas, eram as “Castanhas em seco”!

Tudo “despejado” numa toalha sobre a mesa, as castanhas eram peladas com as mãos, as semilhas batatas e pimpinelas com aquele tom castanho, adquiriam um sabor deveras especial. Um manjar dos Deuses! Hoje em dia valorizamos mais estas iguarias que por serem cada vez mais raras.

Raros são também os que se dedicam à agricultura e os pomares (soutos), vão ficando ao abandono, assim como os poios, que outrora eram aproveitados palmo a palmo, hoje são magros pastos de algumas cabras ou ovelhas, que já não podem pastar nas serras.

“Os castanheiros este ano tão mais bonitos”, dizem os nossos agricultores mais experientes e vemo-lo nós mesmos. As folhagens são mais verdes e os ouriços mais recheados, ao que parece a “Vespa das galhas dos castanheiros” este ano não atacou tanto, resultado, dos parasitóides que foram libertados na zona, com o intuito de combater a praga que ameaça a continuidade da produção do valioso fruto, ex-libris da nossa freguesia. A castanha este ano tem mais qualidade e cada vez há mais procura, agora também pela castanha seca, usada na confecção da tão famosa sopa de castanha. Quem nunca teve oportunidade de saborear uma sopa de castanha, bem temperada com carne de porco salgada, num dia chuvoso e frio, nem sabe o que perde! E se puder aconchegar o estômago com uma ginjinha, melhor ainda!

Parece impossível, numa terra onde grassa o desemprego e com ele o crescimento exponencial do alcoolismo e da toxicodependência, não haja gente disponível para trabalhar!

Mas para que se continue a produzir a nossa castanha, necessário será que outras gerações se dediquem a esta actividade! É preciso renovar os pomares, é necessário limpar os terrenos e depois haver quem colha as castanhas e as transporte para que possam aparecer no mercado e para que se possa promover a nossa terra pela sua riqueza gastronómica. Todos os dias vemos situações de produtores de castanha, normalmente de idade avançada, que não conseguem aproveitar o que “Deus deparou”, porque já lhes faltam as forças e porque mesmo que queiram pagar a alguém, não há quem queira fazer este trabalho!

Parece impossível, numa terra onde grassa o desemprego e com ele o crescimento exponencial do alcoolismo e da toxicodependência, não haja gente disponível para trabalhar! Não há uma aposta, uma valorização do trabalho árduo e muitas vezes  ingrato dos agricultores. Para que esta seja uma actividade cativante para a população ativa, será necessário garantir-lhes algum rendimento. Pese embora, a existência de apoios à agricultura, estes não são suficientes para que alguém possa viver dela. Entre ganhar uns míseros euros, ter de sujeitar-se a trabalhar dias a fio, percorrer caminhos por vezes sinuosos, porque faltam os acessos aos pomares, e escolher viver de subsídios que “vão dando para comer sem se matar a trabalhar”, é óbvio que a segunda hipótese é a mais fácil.

Formar agricultores, dar-lhes condições para produzir e fixarem-se na sua terra, será muito mais rentável e benéfico, até mesmo para a sua saúde e segurança de todos, do que custear vidas sem rumo. Teríamos assim, mão-de-obra que garantisse a produção agrícola e frutícola desta terra, cujo potencial está muito longe de ser bem aproveitado!

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