Para o executivo da Junta de Freguesia de São Martinho, “as declarações de Thomas Dellinger – em entrevista ao DIÁRIO das Freguesias, ontem publicada – revelam o seu reconhecimento pelas profundas intervenções que foram feitas no edifício da Junta de Freguesia e que visaram a sua manutenção, uma vez que o executivo anterior o tinha deixado ao abandono. Como o vogal da assembleia de freguesia não o disse, apesar de o saber, adiantamos que esta intervenção tem ainda o objectivo de disponibilizar as instalações à comunidade, em condições adequadas, o que servirá, igualmente, para dinamizar o centro da freguesia”.
A resposta da coligação Funchal Sempre à Frente, através de comunicado, é assinada por Rómulo Soares Coelho, vogal no executivo liderado por Marco Gonçalves.
Nos oito pontos do comunicado, contra-ataca a oposição. “É claro o nervosismo do PS. Quiçá seja a preocupação com o resultado da auditoria feita ao mandato de Duarte Caldeira. Certamente os vogais socialistas estão conscientes do que andaram a fazer ao longo do mandato”, insinua.
Depois dá conta que “desde que o executivo eleito pela coligação Funchal Sempre à Frente tomou posse, reforçou-se o apoio social e educativo. A diferença é que recorreu a diversas parcerias de modo a aumentar a eficiência da intervenção e recusou distribuir dinheiro sem critério e ao desbarato, apenas por motivos eleitoralistas”, esclarece.
“Encontrámos as levadas, os becos e as veredas em estado deplorável e, desde que iniciámos o nosso mandato, temos vindo a intervir em todas elas, não apenas na limpeza, mas também na sua recuperação e melhoria de acessibilidade. Sabemos da satisfação da nossa população e essa é outra razão para a impaciência do PS”, atira.
Rómulo Coelho acrescenta: “Não nos substituímos à intervenção de outras entidades, porque entendemos que a gestão da coisa pública deve ser feita de forma rigorosa. É redundante fazermos o que outros já fazem. O que fazemos, isso sim, é um trabalho de parceria e, se necessário for, de influência ou mesmo de pressão, sobre as entidades competentes, no sentido de resolver os problemas da nossa população, estando ao seu lado quando mais necessita”.
Refere ainda que “qualquer acto de saúde deve ser exercido em instalações apropriadas para o efeito, um princípio básico que o PS aparenta desconhecer. Não pode ser exercido num qualquer “vão de escada”. Para além disso, não compete aos órgãos de administração pública, como o são as juntas, fomentarem o ‘mercado negro da saúde’”.
Antes de terminar, esclarece: “Não promovemos o trabalho precário, como fazia o anterior executivo, cuja intervenção assentava quase exclusivamente em programas temporários. Recorremos à contratação pública, de forma clara e transparente, observando todas as normas do Código de Contratação Pública, para aquelas áreas em que temos atribuições, mas para as quais não temos recursos humanos disponíveis. Para as áreas essenciais, estamos a recrutar pessoas, mas em condições dignas, com contrato de trabalho, oferecendo estabilidade e condições de progressão”.
Por fim, conclui que “o vogal socialista lança suspeitas sobre a nossa gestão, quando as notícias que têm vindo a público dão conta das investigações que estão a ser feitas a diversos autarcas socialistas, nomeadamente a um ex-presidente socialista da Câmara Municipal do Funchal, hoje Secretário de Estado e que, curiosamente, levou o anterior presidente da Junta para o seu gabinete. O vogal socialista deve mesmo falar com conhecimento de causa”, concretiza.