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O cross e as cerejeiras em flor

3 Abril, 2018 às 14:04
Sonia_gonçalves_ok

Sónia Gonçalves

No baú das minhas recordações, guardo uma medalha dourada. A única que obtive numa prova de atletismo. Até a minha filha ficou impressionada e pediu-me que lhe contasse como consegui aquele galardão “de ouro”.

Contei-lhe que foi numa das edições da prova de atletismo do Cross das Cerejeiras em Flor, na década de 90, hoje denominada Grande Prémio das Cerejeiras em Flor. Omiti-lhe por vergonha que não me esforçara o suficiente para a conseguir e que a meio do percurso trocara a corrida pela caminhada.

Na altura, fui desafiada a participar pelo José Ornelas, treinador que mais tarde liderou a Associação Cultural e Desportiva do Jardim da Serra, que hoje está nas mãos do Juvenal Faria. Acedi ao convite. Não estava preparada e sabia que o risco era grande… Contudo, apesar da falta de preparação física, não foi difícil conseguir uma medalha na categoria de juvenis femininos, pois a afluência em termos de participação ficara muito aquém da desejada. Lembro-me de pensar que o mais importante foi ter conseguido realizar todo o percurso, chegando ao fim e tendo obtido aquela gratificação que guardei com algum orgulho. Tinha esperança de um dia poder mostrá-la à minha descendência…

Éramos apenas duas jovens que, ao chegar ao fim da meta, fomos incentivadas a acelerar o passo, pois a primeira a chegar seria a melhor na categoria. Atrás de nós, só havia a ambulância que fechava a prova. Ainda corri, mas fiquei em segundo lugar. Em último, portanto. Mas ainda assim consegui a medalha.

Na altura, não havia esta “febre” pelos trails, ultra-trails e afins. Não se via toda a gente a correr como agora (…). No entanto, no Jardim da Serra, um grupo de pessoas, de diferentes idades, corria sempre ao final do dia com a finalidade de participar nas provas de atletismo.

Esta condecoração foi um incentivo para me inscrever na associação. Talvez pela vergonha… Ainda acompanhei alguns treinos para as provas seguintes, mas correr nunca foi o meu forte. A minha motivação desvaneceu-se rapidamente.

A prova realizou-se precisamente nesta altura do ano. É entre finais de março e inícios de abril que o Jardim da Serra se veste de branco. Mas não é um manto de neve que cobre as serras… A “cobertura” resulta das cerejeiras em flor. O cenário é verdadeiramente agradável e merece ser apreciado. Pela sua peculiaridade, atrai milhares de visitantes, merecendo mesmo que a famosa prova de atletismo fosse designada como Grande Prémio das Cerejeiras em Flor. Este ano, realiza-se a 8 de abril, estando já na sua XXIX edição.

Importa destacar um aspeto que me parece interessante. Na altura, não havia esta “febre” pelos trails, ultra-trails e afins. Não se via toda a gente a correr como agora, participando em centenas de provas, partilhando nas redes sociais evidências de participação ou atestados de capacidade (sem ofender quem corre, pois aprecio antes este hábito saudável do que outros mais nocivos para o organismo – embora as lesões e os riscos de queda me assustem). No entanto, no Jardim da Serra, um grupo de pessoas, de diferentes idades, corria sempre ao final do dia com a finalidade de participar nas provas de atletismo.

O resultado está à vista e o legado da cultura desportiva nesta modalidade foi passando de geração em geração. Hoje, são muitos os atletas do Jardim da Serra que se destacam em provas ao nível nacional e internacional. O trabalho que foi desenvolvido pelo José Ornelas e, depois, pelo seu sucessor, o Juvenal Faria, merece uma palavra de reconhecimento. Um “Viva”!

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