O ‘Diário das Freguesias’ sabe que há já alguns anos que se arrasta um diferendo entre a Banda Paroquial de São Lourenço da Camacha e a Câmara Municipal de Santa Cruz (CMSC) relativo ao pagamento de alguns dos custos tidos com o livro ’33 anos de Tons e Sons’, publicado em Dezembro de 2006, por altura das comemorações do 33.º aniversário da colectividade.
O valor em causa diz respeito ao pagamento dos trabalhos de maquetagem do livro, desenvolvidos pela designer Maria Marlene Gouveia, orçados, então, em 1.500 euros. Tal como se pode ler na acta da Reunião de Câmara de 20 de Abril do ano passado, e na sequência da comunicação apresentada por Luís Adelino, Presidente da Direcção da banda camachense, “em Novembro de 2005 foram apresentados a esta Câmara, pela Banda Paroquial de São Lourenço da Camacha, os orçamentos para a designer do livro e impressão dos livros, que foram aprovados.”.
Evocando um compromisso prévio com a autarquia, por várias vezes os elementos da banda têm procurado saldar esta dívida junto das diferentes vereações eleitas até ao mandato anterior, mas sem sucesso.
Note-se que nessa reunião de Abril transacto, e tal como se pode ler na acta da mesma, o Presidente da Câmara, Filipe Sousa, explicou que o único compromisso assumido, o da impressão dos livros, teria sido saldado, sendo que os restantes valores “não faziam parte da deliberação inicial”, razão pela qual o seu pagamento só poderá ser feito por decisão superior, nomeadamente do Tribunal de Contas, esclarece. Na eventualidade da Câmara proceder a esse pagamento, estaria a cometer uma ilegalidade.
Ao que conseguimos apurar, este assunto será levado à próxima reunião da Assembleia Municipal pelos responsáveis pela banda da Camacha, pelo que se aguarda um desfecho para este problema antigo.