Foi com “grande tristeza” que a Junta de Freguesia do Estreito de Câmara de Lobos recebeu a notícia do encerramento do balcão do BCP na Vila do Estreito. “O BCP sai assim do Concelho de Câmara de Lobos, não deixando qualquer representatividade formal”, lamenta a autarquia. “Voltamos, pois, à lógica centralista de colocar todos os serviços no Funchal”, constata, para concluir que “o centralismo dos serviços não é, pelos vistos, um mal de todo o país e regiões autónomas”.
A Junta de Freguesia presidida por Gabriel Pereira entende que “se o argumento do BCP é uma questão de gestão de recursos humanos e política de diminuição de balcões, temos, pois, só a lamentar menos postos de trabalho e a menos preocupação social da própria empresa. Se, por outro lado, o argumento for o da digitalização dos processos de acessórias bancária, achamos que o BCP não está deveras atento ao contexto social e económico das suas populações, pois ainda há muitas pessoas que procuram ajuda presencial, pois não dominam as tecnologias de informação e comunicação”, lembra. Acrescenta que “apesar dos avanços tecnológicos, é sabido que esse ‘avanço’ não corresponde muitas vezes à realidade quotidiana das pessoas”. Por isso, “seja como for, lamentamos imenso o fecho de um ‘balcão’ que era já lugar-comum de muitas pessoas, e da excelência dos seus funcionários”, conclui.