O equipamento de refrigeração do Centro de Abastecimento dos Prazeres está de novo avariado. A ‘dor de cabeça’ já dura há mais de um mês, de acordo com alguns agricultores apreensivos com as consequências deste estrago. Tal como acontecera há dois anos, quando as câmaras do complexo frigorífico também avariaram em pleno Verão, a solução para minimizar inconvenientes tem sido a transferência dos hortícolas para o Centro de Abastecimento da Santa, no Porto Moniz, também dotado de equipamento de refrigeração.
O facto de a anomalia coincidir uma vez mais com a época de colheita da batata (semilha) e afectar a câmara de conservação com capacidade para 400 toneladas de batata, está a causar alguma ansiedade aos agricultores. Alguns receiam não poder conservar, com a devida qualidade, as suas produções por longos períodos de tempo como habitualmente.
O Governo Regional, através da tutela, minimiza o constrangimento. Segundo fonte oficial da Secretaria Regional da Agricultura e Pescas, “nenhum agricultor foi prejudicado”, garante. O mesmo interlocutor assegura que “não há qualquer transtorno para o agricultor”, sublinhando que “o transporte é assegurado por nós”, referindo-se aos encargos com o transporte das colheitas que são entregues nos Prazeres e reencaminhadas para a Santa, para o equipamento de refrigeração
Garante assim o Governo que a produção de ‘semilha’ habitualmente entregue nos Prazeres está a ser devidamente acautelada, sem prejuízo nem encargos adicionais para os produtores.
A Secretaria da Agricultura estima ter, “dentro de um mês” a reparação do equipamento de refrigeração resolvida. O facto da resolução do problema não ter sido acautelada mais cedo é justificada com procedimentos decorrentes da contratação pública que devem ser cumpridos. Acrescenta que o custo do arranjo está orçado em cerca de 90 mil euros.
Consequência deste constrangimento provocado pela anomalia técnica no sistema de frio, alegadamente devido a “ruptura no sistema de gás”, segundo agricultores, o transporte da produção de batata para o Porto Moniz tem vindo a ser assegurado por veículos de caixa isotérmica.
O embaraço provocado por esta avaria só não é maior porque este tubérculo, depois de colhido, deve ser colocado a ‘encascar’ entre 15 a 20 dias antes de ser colocado em frio para conservação longa (até 6 meses).