É mais um episódio na longa de lista de sessões da Assembleia de Freguesia de São Pedro. Ontem toda a bancada da oposição [PSD, CDS e CDU] abandonou prematuramente a sessão ordinária por considerar que o presidente da Junta, António Gomes, ultrapassou a linha da elevação do debate político. Antes ‘chumbaram’ a revisão orçamental.
O autarca da coligação Confiança contra-ataca dizendo que “são actos de vingança”.
Mas vamos por partes. Social-democratas, centristas e até o único elemento da comunista acusam o socialista de “desrespeitar”, “caluniar” e “ofender” os eleitos durante a reunião realizada na Junta.
“Não estamos para tolerar mais este tipo de situações por parte do presidente que ofende gratuitamente a oposição quando o interpelamos pelos assuntos da sua gestão”, reage Marco Dias do PP que pergunta pelo atraso na aprovação das actas.
Também Ricardo Azevedo não esconde as diferenças políticas que mantém com o presidente acusando-o de ter uma postura hostil escusando-se, perante a Assembleia, de apresentar provas ou a explicar os actos da sua gestão pelo que, sublinha, não haver condições para aprovar o que quer que seja no domínio do exercício orçamental, nem mesmo na revisão que foi proposta e que acabou por ser reprovada. Aliás o comunista mantém a convicção que a auditoria desencadeada à autarquia irá detectar “alguma falcatrua”.
O professor de matemática nega dizendo ter tido uma postura “humilde”, ripostando pontualmente aos ataques sofridos: “São pessoas manipuladoras que se movem por ambições políticas e de quererem tachos”.
Lamenta que as verbas [40 mil euros] destinadas aos apoios sociais fossem rejeitadas, mas garante que não irá “baixar os braços” perante mais esta “negligência”. “Nunca vi uma coisa igual. É uma vergonha”, qualifica prometendo dar uma “chapada de luva branca nas próximas eleições”.