Devido a derrocada na Seara Velha, ocorrida na sequência da recente tempestade provocada à passagem da depressão Oscar, a empresa Horários do Funchal, que assegura o transporte público colectivo de passageiros entre o Funchal e a freguesia do Curral das Freiras, procedeu a alterações no itinerário da carreira 81 (Curral das Freiras). Desde a última quarta-feira, dia 14, que as viagens com origem/destino ao Lombo Chão, efectuam-se até ao entroncamento com a Estrada da Murteira à Terra Chã, o que implica que os passageiros com origem/destino ao Lombo Chão, tenham que se deslocar até à paragem da Capela, já que o serviço de transbordo passou a fazer-se entre a paragem da Capela e o Lombo Chão.
Alternativa que motiva reparos junto da população que está agora sujeita ao constrangimento.
Agostinho Sousa, um residente local, considera “ineficiente” o serviço de transbordo implementado.
“O maior problema é que para pessoas com mobilidade reduzida (pessoas com deficiência e idosos). Isto para não falar de pessoas que carregam sacos de compras que têm de subir e/ou descer umas escadas do fundo do largo do sítio da Capela até à ponte onde agora fazem inversão de marcha (termina a viagem) dos autocarros da HF”, revelou ao DIÁRIO.
O problema é que para poderem apanhar o serviço de transbordo a população do fundo da Capela, Balseiras, Terra Chã, Seara Velha e Lombo Chão, percorrem uns 5-8 minutos a pé para chegar ao destino. Apela por isso ao “bom-senso da HF e da Câmara Municipal de Câmara de Lobos (CMCL), em permitir/autorizar que o serviço de transbordo ocorra junto à ponte, na zona da Murteira, sítio da Capela, “para melhor conforto e contentamento da população”.
A mesma opinião tem Barnabé Sousa, que no própria página da HF na rede social Facebook manifestou a opinião que “o desdobramento devia de ir até á ponte onde voltam os autocarros. A HF deveria ter maior consideração para com os idosos e pessoas com mobilidade reduzida”, apontou.
O presidente da Junta de Freguesia do Curral das Freitas, Manuel Salustino, reconhece o constrangimento, e esclarece que a estrada em causa está condicionada à circulação de pesados por recomendação da Protecção Civil e por isso a salvaguarda da segurança “é e será sempre a prioridade”.
Revela que já foi “efectuado um levantamento da escarpa e, na sexta feira, foi apresentada uma proposta de intervenção para contenção, a ser avaliada pela CMCL e pelo governo”.
Adianta que esta segunda-feira será feita nova avaliação para aferir a possibilidade de a via ser reaberta de forma limitada, “apenas a transportes de passageiros e recolha de resíduos. No entanto a circulação deverá ficar sempre condicionada a uma faixa de rodagem, sendo que será colocada semaforização para controlo da circulação automóvel”.