A obra na Promenade do Caniço é para continuar. A garantia é do presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, que estranha a reacção “hostil” dos hoteleiros.
Confrontado com a urgente exigência de responsáveis por dois hotéis junto â referida Promenade, o autarca santa-cruzense assume que “gostaria que esta obra tivesse tido outro timing, como estava previsto”, mas lembra que “os prazos de concursos e obras públicas também foram afectados pela pandemia e por todos os constrangimentos que a mesma criou a privados e a organismos públicos. Lamentamos os incómodos que todas as obras, sem excepção, na proximidade ou não de unidades hoteleiras, causam a toda a gente. Contudo, um organismo público não pode andar a adiar o seu calendário de investimentos, até porque os mesmos têm custos e há compromissos a honrar. Neste sentido, não é possível agora suspender ou adiar a obra”, esclarece.
A Autarquia alega ainda que “não poderia prever a retoma nem o aligeirar das medidas de confinamentos decretadas à conta da pandemia. Nem a Câmara de Santa Cruz poderia prever, nem outras entidades conseguiram esse nível de antecipação”, reforça. “Até mesmo um dos grupos hoteleiros que agora se queixam tem uma das suas unidades em obras, o que não aconteceria, pensamos nós, se tivessem previsto, com certeza e sem margem de erro, o aligeirar das medidas de contenção da Covid-19”, contra-ataca.
Filipe Sousa lembra também que as obras “não são inesperadas, dado que as mesmas foram publicamente anunciadas há um ano”. Garante que durante todo este período, a Câmara não recebeu qualquer contacto por parte de hoteleiros ou de outra entidade.
O autarca esclarece que nesta primeira fase as obras não terão grande impacto, estando a autarquia tudo a fazer para que as mesmas sejam breves, nomeadamente na área de praia. “E estamos a fazer tudo para que no prazo máximo de três semanas o maior impacto estar completamente sanado. Sinal disto é que teremos a Bandeira Azul na Praia dos Reis Magos como previsto”, argumenta.
Esta é a resposta de Filipe Sousa ao pedido de suspensão imediata da obra. Que pode ler na íntegra na edição impressa (pág. 2) deste domingo do seu DIÁRIO!