O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha comemora amanhã 72 anos de existência. As comemorações deste ano estão reduzidas a três momentos simbólicos: o primeiro momento realizar-se-á pelas 10 horas, com uma colocação de um coroa de flores no cemitério da freguesia a fim de homenagear os elementos do grupo falecidos; depois, pelas 11horas, haverá uma missa na Igreja paroquial da Camacha; o último momento será a transmissão online, pelas 16horas, de uma das actuações apresentadas em Zokopane, na Polónia, no ano de 2010.
Avelino Sousa, presidente da colectividade, disse ao DIÁRIO DAS FREGUESIAS que “o grupo mantém fiel a sua origem e vitalidade na promoção e preservação da identidade cultural madeirense, em específico da Camacha”.
O Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha foi fundado em 1948 com o objectivo de representar a Madeira e Portugal no Concurso Internacional de Danças de Madrid, em Espanha, evento em que foi agraciado com o 2º lugar na modalidade de Danças Mistas. O dia 1 de Novembro foi a data escolhida para a celebração do seu aniversário. O seu primeiro director artístico foi Carlos Maria dos Santos, etnógrafo que realizou inúmeras recolhas sobre as músicas, danças, trajes e costumes de todo o arquipélago da Madeira contribuindo de forma muito relevante para a projecção deste Grupo dentro e fora do país.
Graças ao grande número de homens e mulheres que passaram pelo Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha, a sua actividade permaneceu ininterrupta desde 1948, fazendo dele o mais antigo grupo de folclore na Região Autónoma da Madeira.
As músicas e danças representadas remontam ao século XIX e ao início do século XX. Contudo, elas evocam reminiscências que retrocedem ao século XV e à colonização da ilha. Já representou a ilha da Madeira em todo o território Português, Europa, América do Norte e do Sul, África, Médio Oriente e Oceânia. Foi distinguido e reconhecido pelo seu trabalho em defesa da cultura popular pelo Governo Regional da Madeira, pela Secretaria Regional do Turismo e pelo Município de Santa Cruz.
Com Eugénio Perregil