Desde a passada sexta-feira que a Junta de Freguesia da Ponta do Sol tem o seu orçamento e plano para 2020 aprovados. Ao contrário do que sucedeu no ano passado, os 4 deputados dos PSD e o deputado único do CDS ‘deixaram passar’ os documentos, abstendo-se, fazendo com que os quatro votos favoráveis do PS fossem suficientes para viabilizar as propostas apresentadas pelo executivo liderado por João Inácio Campanário.
Com uma verba a rondar os 160 mil euros, o orçamento do próximo ano não deverá permitir, na prática, uma política muito diferente daquela que tem sido seguida pelo autarca socialista, que não se mostrou muito surpreendido com o desfecho da votação. Segundo referiu ao ‘Diário das Freguesias’ o presidente da Junta, a aposta passará, muito, pela limpeza e reabilitação de pequenas acessibilidades e colocação de varadas, sobretudo em becos e veredas que servem moradias, embora não seja descurada a acessibilidade aos terrenos agrícolas, factor muito importante em alguns sítios da freguesia.
Naquilo que diz ser “um orçamento de continuidade pelo excelente trabalho”, João Campanário destaca, a par do cuidado especial com os acessos, a intenção do seu executivo em continuar com os apoios sociais, nos moldes em que os mesmos vêm sendo atribuídos. Para manter são, também, os apoios à corporação de bombeiros da Ribeira Brava e Ponta do Sol, às associações, às escolas, entre outros, sem esquecer que uma grande parte do orçamento destina-se aos recursos humanos da própria instituição.
O ‘Diário das Freguesias’ procurou ouvir a oposição, na tentativa de perceber o porquê da abstenção. O presidente da Assembleia de Freguesia, Juvenal Silva, eleito pelo PSD, escusou-se a comentar a posição assumida ou qualquer opção do orçamento e do plano para 2020, dizendo apenas que “os assuntos da Junta não devem ser tratados no DIÁRIO, as explicações ou justificações que eu tinha de dar, dei-as no lugar certo”, referindo-se à Assembleia de Freguesia. Já Inês Pereira, a deputada eleita pelo CDS, disse ter-se abstido por entender “que o orçamento não apresentava inovação, nem quaisquer medidas de maior”, além de “ser notória a falta de estudo das necessidades efectivas da população”, rematou. Para a centrista, “mais do que acudir aos problemas, é necessário preveni-los”.