O estado da escarpa sobre a qual situa-se o miradouro do Cabo Aéreo, na freguesia do Arco de São Jorge, continua a ser motivo de preocupação para a Junta de Freguesia. Se no passado os alegados indícios de instabilidade já tinham motivado o alerta do presidente da autarquia local, Nélio Gouveia, na Assembleia Municipal de Santana, o mesmo voltou a ser reforçado recentemente no mesmo espaço.
O autarca do PSD voltou a pedir ao executivo municipal do CDS que proceda à avaliação técnica para aferir da “estabilidade do Cabo Aéreo”. Na ocasião foi sugerida uma vistoria por parte de rocheiros, que recentemente desenvolveram várias acções preventivas no concelho de Santana, mas o presidente da Câmara, Dinarte Fernandes, considerou que a análise ao estado da alta escarpa sobranceira ao litoral da freguesia deveria, antes, ser sujeita a uma peritagem por técnicos do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC).
Entretanto e procurando conjugar as acções dos rocheiros realizadas na segunda semana deste mês no Faial e em São Jorge, a Câmara Municipal de Santana ainda admitiu a possibilidade de levar ao local estes homens que tratam da manutenção de taludes ou encostas rochosas, geralmente sobranceiras a estradas e caminhos, mas o pedido de intervenção que foi solicitado “extravasa o âmbito de competências da Direcção Regional de Estradas, pois é necessária uma avaliação especializada nas áreas geológico- geotécnicas”, esclareceu o vice-presidente da Câmara, Gabriel Faria. O vereador com o pelouro da Protecção Civil acrescentou que foi já solicitada a avaliação desejada ao LREC, estando por isso a autarquia a aguardar com natural expectativa pelo relatório técnico, avaliação que será determinante para manter o miradouro aberto ao público e demais equipamentos nas imediações, caso do recinto polidesportivo.