A Petição para consulta e revisão do projecto da obra do Largo da Achada, na Camacha, recolheu um total de 522 assinaturas.
Promovida por um quarteto que se assume ‘camacheiros desde 1983’, sendo eles André Nóbrega, João Pedro Nóbrega, Rui Duarte Sousa e Rui Miguel Rodrigues, a petição será agora entregue ao Presidente do Município de Santa Cruz, Filipe Sousa.
Foi com esse propósito que esta segunda-feira à noite, por correio electrónico, foi enviada comunicação, tanto ao autarca como ao município, a pedir a Filipe Sousa que agende, “cumprindo todas as regras de segurança relativas à pandemia que se vive actualmente, uma reunião de forma a que possa entregar pessoalmente a petição com o título de que tem por objectivo de saber em que consiste tal intervenção e para tal pedimos a partilha imediata do projecto final da obra a executar pelo Município de Santa Cruz”.
Os promotores do requerimento público reiteram que “o que nos move é apenas, e só, a preocupação com uma intervenção no espaço onde crescemos e que faz parte da memória colectiva de todos e é um cartaz da Camacha desde sempre”.
É com esse propósito que querem “assegurar que há um enquadramento no contexto regional/local e no respeito pelas memórias e singularidade do espaço”, com especial foco nos aspectos que constam na petição, nomeadamente: o piso em pedra da Achada poderá ser recuperado em vez de substituído; piso do ringue deverá ser preservado; áreas totais de jardins/zonas verdes deverão ser mantidas ou aumentadas; todas as árvores deverão ser mantidas; reposição de zonas de merendas à sombra de árvores no Largo da Achada; parque infantil não deverá ter uma área inferior à atual e a sua localização deverá ser repensada caso seja deslocado como previsto.
Os ‘camacheiros da Achada’ reafirmam estarem “a favor de uma intervenção na Achada, melhorando o conforto e segurança”. Contudo, exigem “que o projecto seja apresentado publicamente na íntegra e que os pontos referidos anteriormente sejam assegurados”. Esclarecem ainda que “as imagens 3D até agora partilhadas não são um projecto”.
“Disponíveis para uma participação construtiva na revisão do projecto”, sublinham estarem com “total disponibilidade para um diálogo franco e aberto”.
A terminar, lembram ao poder municipal e em particular ao seu presidente, que “o direito de petição pode considerar-se como um dos mais antigos direitos fundamentais dos cidadãos face ao poder político, encontrando-se previsto no artigo 52.º da Constituição da República Portuguesa, no capítulo dos direitos, liberdades e garantias de participação política”.