No sítio das Águas Mansas (Curral Velho), uma moradora teme pela segurança da sua moradia. Em causa, alega, está a intervenção em curso na Levada da Serra do Faial, da responsabilidade da Águas e Resíduos da Madeira (ARM). Maria Fátima Mendes receia que os detritos colocados na berma do caminho que acompanha a referida levada, sobranceira à sua residência, possam correr encosta abaixo com a chegada do Inverno. O medo, segundo ela, é justificado pela situação aflitiva que viveu em Março do ano passado, ao ser derrubada uma das paredes que suportava os terrenos junto à sua casa.
Já contactou a Câmara Municipal de Santa Cruz e a Junta do Santo da Serra, que dizem nada poder fazer. Tentou, entretanto, falar com a secretária regional do ambiente, Susana Prada, que tem a tutela da ARM, mas sem sucesso.
Confrontada com esta situação, a ARM disse ao ‘Diário das Freguesias’ ter conhecimento da mesma, embora saliente que neste momento a obra de estabilização do talude, no qual se encontra implantada a Descarga de Superfície e de Fundo da Lagoa das Águas Mansas, ainda não teve início, estando a decorrer apenas os trabalhos de limpeza do acesso ao local da obra, numa extensão de um 1km.
A empresa pública refere que com “a obra a executar não se prevê alteração nas condições do referido caminho”, que apenas será utilizado para acesso à obra, não sendo alteradas as respectivas drenagens.
De acordo com a ARM “as queixas apresentadas pela moradora não têm fundamento relativamente à limpeza do caminho que está em curso”, além de que as obras a executar “distam 700 metros da referida habitação sem qualquer possibilidade de interferência”.
No acompanhamento dos trabalhos que se iniciaram na semana passada, a ARM não tem encontrado qualquer irregularidade. Refira-se que a obra conta com um orçamento superior a 173 mil euros.