Protecção civil desconhecia ocorrência
Há perigo de queda de pedras sobre a zona mais recuada da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, na Ribeira Brava. A movimentação de pedras na encosta sobranceira ao estabelecimento de ensino levou a direcção executiva a lançar um alerta à comunidade escolar para os riscos que espreitam nas traseiras da escola, que como é do conhecimento público, vai ser reconstruída no mesmo prédio.
Foi através de correio electrónico que a generalidade dos professores e, consequentemente os alunos, tomaram conhecimento do aviso de perigo de queda de pedras no sector mais recuado do recito. Segundo fonte da referida escola, no e-mail enviado na semana passada, a direcção da ‘Secundária da Ribeira Brava’ alertava para a “movimentação de pedras” na vertente situada do lado Nascente do vale da Ribeira Brava. Motivo para suspender as aulas no edifício localizado mais próximo da encosta e avisar os professores que não estacionassem no local em questão.
O DIÁRIO procurou recolher junto da direcção executiva mais informações sobre este caso, mas as várias tentativas foram infrutíferas. Por telefone, tanto o fixo como o móvel, ninguém atendeu as chamadas. Através de correio electrónico ficamos na mesma sem qualquer resposta aos esclarecimentos solicitados. Foi contudo possível apurar que os sinais de instabilidade detectados na encosta não foram comunicados aos responsáveis da protecção civil local.
Paulo Andrade, vereador com o pelouro da Protecção Civil Municipal e presidente da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários da Ribeira Brava, garantiu, na passada sexta-feira, não ter tido qualquer informação sobre o caso em apreço. Mais tarde, já depois de ter ido à escola averiguar, confirmou ter ocorrido um desprendimento de pedras que terão ficado alojadas junto de um dragoeiro existente na dita encosta, daí a razão de ter feito circular o alerta interno para que fosse evitada a circulação na zona mais exposta ao perigo de derrocada.
Recorde-se que há menos de um mês o Governo Regional decidira adjudicar a obra de construção da nova Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, que será reedificada no mesmo local da existente. Trata-se de uma empreitada a ser executada em mais de ano em meio (549 dias) cujo custo deverá atingir os 7,8 milhões de euros.