A moda dos muros feitos com pneus também chegou a Machico. E com maus resultados, como acontece na zona do Caramachão. Aqui, o encavalar de pneus para servir de muro de contenção a terreno agrícola, bastou alguma chuva para fazer escorregar parte da ‘parede de borracha’.
A construção de estruturas de contenção utilizando pneus montada na encosta sobranceira ao nó Machico Norte não só é motivo de viva contestação, como já deu azo a acção em tribunal.
Depois de no passado já ter alertado a Câmara Municipal para o atentado, Emanuel Gaspar, autarca eleito pelo JPP, voltou recentemente à carga. Foi na última Assembleia Municipal, onde voltou a criticar a aberração paisagística, com a agravante do risco que a mesma representa, ao dar conta que bastou “pouca chuva” para parte da parede de pneus ter deslizado.
Motivo para voltar a questionar o executivo camarário se iria permitir a (re)construção de paredes em pneus. “É que para além de ter o problema da estabilidade dos solos, problema de engenharia, tem o problema que é um desastre a nível ambiental, e a nível paisagístico é terrível”, afirmou.
Preocupação partilhada por Hugo Marques, vereador com o pelouro do Ambiente, ao adiantar que o caso em questão está já em tribunal.
O autarca socialista deu conta à assembleia que o executivo municipal não só tem “tentado falar com o proprietário” do referido prédio, como já ida – no final do ano 2020 – na “terceira notificação” enviada ao proprietário para a retirada do referido material.
Hugo Marques, que defende também a retirada dos pneus e a sua substituição por parede de pedra, esclareceu que não tendo sido conseguido chegar a bom entendimento com o proprietário, o caso foi encaminhado para a justiça.
Leia mais na edição impressa de hoje do DIÁRIO!