• Jardim do Mar
    • Calheta
      • Arco da Calheta
      • Calheta
      • Estreito da Calheta
      • Fajã da Ovelha
      • Jardim do Mar
      • Paul do Mar
      • Ponta do Pargo
      • Prazeres
    • Câmara de Lobos
      • Câmara de Lobos
      • Curral das Freiras
      • Estreito de Câmara de Lobos
      • Jardim da Serra
      • Quinta Grande
    • Funchal
      • Imaculado Coração de Maria
      • Monte
      • Sé
      • Santo António
      • Santa Luzia
      • Santa Maria Maior
      • São Gonçalo
      • São Martinho
      • São Pedro
      • São Roque
    • Machico
      • Água de Pena
      • Caniçal
      • Machico
      • Porto da Cruz
      • Santo António da Serra
    • Ponta do Sol
      • Canhas
      • Madalena do Mar
      • Ponta do Sol
    • Porto Moniz
      • Achadas da Cruz
      • Porto Moniz
      • Ribeira da Janela
      • Seixal
    • Porto Santo
      • Porto Santo
    • Ribeira Brava
      • Campanário
      • Ribeira Brava
      • Serra de Água
      • Tabua
    • Santa Cruz
      • Camacha
      • Caniço
      • Gaula
      • Santa Cruz
      • Santo António da Serra
    • Santana
      • Arco de São Jorge
      • Faial
      • Ilha
      • Santana
      • São Jorge
      • São Roque do Faial
    • São Vicente
      • Boa Ventura
      • Ponta Delgada
      • São Vicente
O nosso jardim à beira mar
5 Fevereiro, 2018
Viver no Paraíso
5 Março, 2018

O Jardim das veredas

8 Fevereiro, 2018 às 18:34
Maria Cecília Garcia

Maria Cecília Garcia

Falar do Jardim do Mar é sempre suspeito, sobretudo se quem fala nasceu nessa terra. Saramago disse que “é preciso sair da ilha para ver a ilha”, e para ver o Jardim do Mar também é preciso sair dele.

Ao longe, não é apenas um punhado de terra junto ao mar, cercado por uma alta parede de rocha.

O Jardim do Mar que fica em quem sai, é o outro, o jardim das gentes sentadas nos bancos junto ao largo, o das veredas, agora embelezadas com calçada portuguesa, e que antes eram calcetadas com as com pequenas rochas do calhau, as serenatas no largo ou no portinho, quando era apenas um calhau de rocha onde o mar brilhava nas noites de Lua cheia.

O Jardim do Mar é um lugar encantado, pequenino, acolhedor, feito para andar a pé e percorrer as suas veredas, sempre arranjadas e floridas, aspirar os perfumes dos frutos tropicais. É um lugar para falar com as pessoas e ouvir as suas histórias.

O Jardim do Mar é, ainda, um pequeno paraíso, mais moderno, que tem sabido guardar muitas das suas tradições, é o lugar onde todos querem regressar nas férias e, talvez um dia, descansar na velhice.

Mas também foi:

“…uma terra de gente trabalhadora e de carácter, orgulhosa dos seus pais que tinham roubado ao mar cada centímetro de terra erigindo paredes de pedra para a segurar, transformando aquele lugar num imenso balcão, um jardim sobre o mar…”

 “… o lugar onde nos telhados só poisavam chaminés e pássaros, e as crianças jogavam à bola acertando na baliza desenhada no muro do largo. Onde à noitinha jogavam ao trinta e um, novos e velhos.”

“Onde o vento fazia sussurrar as canas e à beira das levadas cresciam agriões e tomates selvagens. E as águas que brotavam da rocha desciam livremente até às levadas que percorriam toda a aldeia, inundando tudo com a sua canção de água, como não se ouvia em mais lugar nenhum!” (1)

Inevitavelmente, me tornei nostálgica…

O Jardim do Mar é, ainda, um pequeno paraíso, mais moderno, que tem sabido guardar muitas das suas tradições, é o lugar onde todos querem regressar nas férias e, talvez um dia, descansar na velhice. As pessoas continuam afáveis como sempre foram, e continuam a ser uma família, a família Jardineiros.

Existem muitas formas de entretimento neste mundo moderno, mas onde os mais jovens fazem questão de rebuscar a tradição de modo a que se possa conviver entre dois mundos sem perder a identidade.

Desta terra pequenina muito se pode falar, das suas ondas famosas, da abundante oferta de habitação turística, os seus bares, a promenade, da invasão dos turistas…, mas não podemos esquecer que ele é isso, uma terra pequenina, e que deve que manter a sua personalidade e os seus traços singulares e o melhor que ela possui, as suas gentes e a sua história. Porque o Jardim tem história, podíamos contar como a igreja foi construída pelo povo, de como Luzia (Luísa Grande) escreveu poesia no Jardim do Mar, de como os seus antigos construíram os socalcos, pedra a pedra, transformando aquele pedaço num jardim à beira mar, e de tantas outras personagens que fizeram parte da sua história.

É um cantinho pequenino, grande no coração dos que o amam, onde o Sol é generoso, onde à noite ainda se pode ouvir o canto das cagarras, ou subir à Eira e maravilhar-se com a paisagem onde o mar é protagonista.

Um dia, alguém a quem eu estava a mostrar o Jardim, observando desde a vereda das Pedras a maravilhosa Enseada, onde o mar calmo se desfazia numa suave espuma, disse: “parece que estamos noutro mundo”. E tinha razão, o jardim do Mar é outro mundo!

A Madeira é linda, toda a ilha é linda, mas, o Jardim…

 

(1) Excertos do livro:  História em Pedacinhos,  de Maria Cecília. Chiado Editora. 2016.

Share

Publicações relacionadas

12 Novembro, 2019

‘Verão dos Surfistas’ começa agora


Ler mais
4 Outubro, 2018

Início do “Verão dos Surfistas” no Jardim do Mar


Ler mais
20 Março, 2018

Todos os caminhos vão dar ao Jardim do Mar


Ler mais

Eventos

Últimas

  • Junta investe em habitação, agricultura e requalificação de trilhos
  • Exposição lúdica da Associação Ornitológica da Madeira em São Roque
  • EB1/PE das Figueirinhas realiza mobilidade Erasmus+ na Áustria
  • Tunacedros de São Roque do Faial em digressão a Viseu
  • ADN denuncia “estado vergonhoso” da limpeza e manutenção das áreas públicas no Caniço
Copyright © 2018 Empresa Diário de Notícias, Lda. Todos os direitos reservados.