Em causa está a situação pandémica originada pela Covid-19, a que a Madeira não tem sido alheia. Por esse motivo, o padre Luís Miguel Pedreiro, pároco do Rosário, em São Vicente, recorreu às redes sociais para deixar um apelo à comunidade local e todos os madeirenses.
Na missiva, o sacerdote, que recentemente assumiu funções naquela paróquia, pede “responsabilidade” e “prudência” face à actual conjuntura.
“Caros paroquianos da comunidade do Rosário, a todos os devotos de Nossa Senhora do Rosário e amigos da paróquia, dirijo-me à vós calorosamente na fé e na amizade.
Todos sabemos que vivemos uma situação nunca vista por nenhum de nós e que se trata de uma ameaça à nossa saúde e à vida. Por isso, comunico a todos uma decisão muito refletida e rezada com base na responsabilidade e na prudência perante a conjuntura atual em que vivemos.”, podemos ler no comunicado divulgado esta manhã.
Luís Miguel Pedreiro, após fazer uma espécie de ponto de situação da pandemia na Madeira, com base nos dados divulgados diariamente pelo IASaúde, dá conta de que, no âmbito das celebrações da padroeira, Nossa Senhora do Rosário, que tem lugar, todos os anos, no primeiro fim-de-semana de Outubro, haverá apenas a componente religiosa. Nesse sentido, lança um repto: “Por isso, aconselho a todos os devotos de Nossa Senhora do Rosário espalhados pela diocese, pela nossa ilha, que evitam deslocar-se ao Rosário no primeiro fim de semana de outubro, podendo acompanhar as celebrações através da página do Facebook da paróquia do Rosário”.
Para os devotos que têm promessas a cumprir, “a igreja do Rosário ao longo do mês de Outubro estará aberta em horário determinado, todos os dias, propício à oração individual , devendo cada pessoa respeitar e cumprir as regras em vigor”.
Quanto ao futuro, e porque “estamos todos no mesmo barco”, diz Miguel Pedreiro, servindo-se das palavras do Papa Francisco, o sacerdote pede que todos sejam “fortes na fé e na vida, procurando ajudando uns aos outros na caridade. Rezemos num só coração, para que surja uma cura para este vírus, invisível, pequeno, mas terrível.”.
Termina com uma palavra de gratidão a quem tem estado na linha da frente e pedindo a compreensão de todos, não sem antes dizer que “já que somos abalados por esta pandemia procuremos sair desta situação muito mais fortes espiritualmente, mais sábios socialmente, e mais poderosos intelectualmente.”.