Várias têm sido as queixas dos utentes que recorrem ao Serviços Local da Segurança Social em Santo António. Em causa as condições em que é feito o atendimento.
À cabeça das reclamações, colocam a falta de privacidade com que vêm alguns dos assuntos são tratados, junto à entrada, independente de quem ali possa estar.
Às críticas juntam a falta de condições para quem tem de aguardar a sua vez. E embora muitos dos atendimentos sejam feitos com marcação prévia, é comum haver várias pessoas à espera, na rua, ao sol ou à chuva, sem qualquer banco ou outro tipo de estrutura que permita, por exemplo, às pessoas idosas ou aos adultos acompanhados por crianças poderem ter alguma comodidade enquanto esperam.
E os lamentos não se ficam por aqui. Conforme algumas pessoas deram conta ao ‘Diário das Freguesias, depois de serem ‘chamados’, são atendidas de pé, numa sala comum, junto à porta, por vezes com vários atendimentos em simultâneo.
É, de resto, nessa sala que os técnicos abordam os utentes, indagando sobre o assunto que os levou a procurar os serviços da Segurança Social. Sendo necessário, colocam questões sobre situação laboral, dados pessoais, o agregado familiar, situação financeira, entre outros assuntos que, habitualmente, não são dados a conhecer a qualquer pessoa. O certo é que, ali, quem estiver presente fica a par de tudo.
Porque muitos assuntos carecem, sempre, de uma consulta aos sistemas, através do computador, o vaivém dos técnicos é uma contante. E havendo algum documento para assinar, não há qualquer mesa ou outro móvel que permita, por exemplo, apoiar o documento.
Questionado sobre a situação, o Instituto de Segurança Social da Madeira deu conta ao ‘Diário das Freguesias’ de que “adoptou um conjunto de medidas de modo a assegurar aos seus trabalhadores e cidadãos condições de segurança e de saúde, de forma continuada e permanente, tendo em conta os princípios gerais de prevenção e controlo, estipuladas no seu Plano de Contingência”.
Além de terem sido promovidos os atendimentos por telefone e por email, sobretudo quando em causa estavam aspectos meramente informativos, o ISSM continua a privilegiar o atendimento por marcação, “de modo a garantir o cumprimento das medidas de prevenção da Covid-19 e evitar aglomerados de pessoas nos serviços públicos”.
A Segurança Social regional esclarece que “para garantir a permanência e/ou reabertura dos Serviços Locais de Atendimento foram adoptadas as medidas de protecção individual, nomeadamente a aquisição de protectores acrílicos para os Postos de Atendimento (PA). Foram também afixados cartazes e delineadas, nos frontoffice, as linhas de segurança que sinalizam a distância entre o cidadão / cliente e o PA, reorganização das salas de espera, de modo a manter o distanciamento social necessário (medida que continua em curso). Foram ainda disponibilizados aos serviços dispositivos de higiene, solução para higienização das mãos (gel desinfectante) e máscaras descartáveis para os trabalhadores”.
Em todos os serviços de atendimento é realizada a triagem dos cidadãos, permitindo apenas o número de pessoas na sala de espera legalmente previsto. De referir ainda o controlo do acesso nos serviços, exigindo aos cidadãos a utilização de máscara, a proibição de entrada de acompanhantes, sendo possível apenas nos casos legalmente previstos; confirmação das marcações à entrada do serviço, bem como a disponibilização de folhetos orientadores para canais não presenciais, incentivando à utilização dos meios alternativos disponibilizados pela Segurança Social, visando garantir a celeridade no serviço prestado.
Particularmente no que respeita ao Serviço Local de Santo António, O ISSM dá conta de que o mesmo “dispõe dos recursos necessários ao cumprimento das medidas de prevenção da Covid-19 emanadas pelas Autoridades de Saúde, designadamente balcões protegidos com acrílico e solução para higienização das mãos”.