A Concelhia do CDS-PP mantém total confiança no presidente da Junta de Freguesia da Ribeira Brava e nos restantes autarcas indicados pelo partido.
“Como presidente da concelhia mantenho a confiança política em todos os autarcas do CDS que integram o Movimento RB1”, deixou claro o presidente da concelhia ribeira-bravense, Rafael Sousa, que é também vice-presidente na Câmara Municipal da Ribeira Brava.
E para que não haja dúvidas, o nº2 no executivo de Ricardo Nascimento afirma que “o Movimento RB1 está muito bem representado pelo Marco Martins na Junta de Freguesia”.
A declaração de Rafael Sousa foi manifestada depois de inicialmente ter dito que não tinha “nada a declarar” sobre a conturbada situação que ameaça fazer cair a Junta de Freguesia. No primeiro contacto, feito pelo DIÁRIO, chegou a admitir que o RB1 “teve, tem e terá” sempre o apoio do CDS e que por essa razão não há motivo para qualquer preocupação com os acontecimentos que abalaram a autarquia local, tendo mesmo elogiado o presidente da Junta de Freguesia, por ter “lidado muito bem com a situação”.
A seguir deu o dito por não dito, avisando que não queria ver a sua opinião retratada na notícia.
Não tardou, e voltou a mudar de opinião. Desta vez foi o próprio a contactar o DIÁRIO, passados nem cinco minutos, não apenas para autorizar que as suas declarações fossem reproduzidas, mas também para dar nota que as notícias vindas a público “não têm sido equitativas e tem sido até algo tendenciosas”, queixou-se.
De resto, reafirmou total apoio a Marco Martins, elogiando o autarca, não só pelo “trabalho no terreno” mas também por já “apresentar obra”, em vez de alimentar “intrigas e telenovelas”, situações que considera terem sido “muito bem geridas” pelo executivo da Junta.
Depois de algumas semanas incontactável, o principal responsável pelo Movimento RB1, Ricardo Nascimento, que é também o presidente da Câmara Municipal, justificou a indisponibilidade só quebrada em vésperas do Dia do Concelho: “Não estou para fazer novelas à custa da Junta”.
Quanto aos acontecimentos na junta, foi parco em comentários.
“Houve um problema ali dentro (Junta) entre membros do RB1 e eu, como líder do movimento, tentei resolver internamente, não fui para os diários. Como em tudo, quando as pessoas não de revêm, vão embora. Foi isso que aconteceu e a situação está ultrapassada”, considera.
Questionamos se as dez as desistências não eram motivo de preocupação, mas evitou responder directamente à questão. Optou por dizer “aquilo que pessoas querem saber, na Ribeira Brava, é se a vereda está arranjada, se a varanda está em condições, que é o trabalho de proximidade da Junta”, justificou.
De resto, Nascimento lamenta a intransigência de alguns na resolução do caso dos dois ilegais. “Quando foi detectado, apesar de terem sido eleitos por unanimidade, tentamos dentro do Movimento resolver a situação que acabou por ser resolvida. Podia ter sido resolvida de uma forma mais simples, mas houve gente que entendeu que era de uma forma mas complexa. Interessa é que ficou resolvida e que a Junta continua a trabalhar em prol da freguesia, que foi para isso que as pessoas foram eleitas”, concretiza.
Para Lopes da Fonseca, líder regional do CDS-PP, “isso é matéria que acreditamos será resolvida internamente pelo Movimento Ribeira Brava em Primeiro (RB1) ou, eventualmente, a situação terá de ser equacionada em termos partidários”, admitiu. Ressalva no entanto que o Partido não teve qualquer intervenção directamente nesta matéria porque não tem participação activa no Movimento, o que não invalida que manifeste confiança que a situação se resolva no seio da própria Junta. Ademais, esclarece que o autarca, sendo um militante do CDS “é eleito nas listas do Movimento e não pelo CDS”.
Tudo motivos para que a estrutura partidária se mantenha ‘à distância’ dos problemas que têm ocorrido na referida autarquia.
“Estamos afastados de qualquer intenção de nos imiscuirmos nesta situação”, assegurou. Já quando questionado se mantém a confiança política no militante Marco Martins, a resposta responsabiliza quem escolheu o candidato que encabeçou a lista à Assembleia de Freguesia da Ribeira Brava.
“Temos confiança política no presidente da concelhia, que é também vice-presidente da Câmara, o Rafael Sousa, portanto, se o presidente da concelhia mantém a confiança política no dirigente Marco Martins, o CDS obviamente mantém essa confiança política”, concluiu.