O Pavilhão Gimnodesportivo da Ribeira Brava já ‘meteu água’ em dias de chuva este Inverno porque a recente empreitada de reabilitação à infra-estrutura “não incluiu a reparação da cobertura, mas apenas a reparação de algumas chapas translúcidas, que se encontravam danificadas”, esclareceu fonte da Secretaria Regional dos Equipamentos e Infra-estruturas (SREI), em resposta à notícia do DIÁRIO, ontem publicada, dando conta dos constrangimentos provocados pelas infiltrações no recinto coberto. Confirmaram-se assim as suspeitas, já ontem avançadas, de que a obra recentemente realizada no dito pavilhão apenas havia considerado a necessidade de pequenas intervenções de manutenção na estrutura metálica de suporte da cobertura, e não a sua reparação integral. Construído em 1989, o Pavilhão Luís Mendes foi sujeito no último ano a obras de reabilitação, um investimento superior a 148 mil euros, que na altura da ‘reinauguração’, em Outubro passado, mereceu a garantia do presidente do Governo Regional que o mesmo estava “praticamente novo”. Na mesma ocasião o Governo falava em intervenções ao nível de estrutura, pavimento, cobertura, bancadas e melhoramentos nos balneários. Aliás, um ano antes, quando foi anunciada a obra, então pela Secretaria dos Assuntos Parlamentares e Europeus, fora assegurado que além da “substituição integral dos panos de alvenaria das paredes”, iriam também ser “realizados trabalhos de pintura exteriores e interiores, incluindo na estrutura metálica da cobertura, reparação de infiltrações e ainda a reabilitação das zonas de balneários”. Nessa ocasião a obra prevista teria um custo estimado de 198 mil euros e prazo de execução de 120 dias. O preço adjudicado foi de 148.421,81 euros, com o prazo de execução de 180 dias. Apesar da garantia que estaria como novo, o surgimento das primeiras chuvas denunciou problemas na impermeabilização do tecto do pavilhão. Contingência que se agravou nas últimas duas semanas de muita chuva e vento forte, que obrigou a suspender grande parte das actividades previstas para o Pavilhão da Ribeira Brava. No levantamento de danos provocados em diversos equipamentos escolares e desportivos pela passagem da depressão ‘Emma’, no final de Fevereiro, no caso do Pavilhão Gimnodesportivo da Ribeira Brava, os técnicos do Governo identificaram o “arranque de duas chapas translúcidas”, previstas substituir “logo que possível”. Assegura a mesma fonte que entretanto funcionários da SREI estiveram no local, a verificar a situação, “tendo encontrado uma chapa lateral danificada, que se juntou a outras duas anteriormente reportadas”. Garante que “na medida do possível e sempre que as condições atmosféricas têm permitido”, a tutela “tem corrigido as situações, com base na prioridade das mesmas” e do material em stock.
Pavimento escorregadio revela “falta de cuidado” na manutenção
O facto de ter sido a humidade no pavimento do pavilhão a principal razão de não haver condições para a prática de desporto escolar e federado, “revela falta de algum cuidado. Bastaria ao funcionário passar um pano para a extrair”, refere a mesma fonte. “Sempre que há maior humidade, é assim que tem de ser feito”, sublinha, lembrando que “noutros pavilhões também houve humidade e a situação foi assim corrigida”. De resto, enfatiza que a presença de humidade “não se deve a infiltrações ou quaisquer problemas estruturais”, mas tão-somente resulta das condições atmosféricas.