Após dois anos de interrupção, assistimos ao regresso da semana da freguesia da Ribeira Brava, evento sociocultural promovido pela Junta de Freguesia da Ribeira Brava, em parceria com outras entidades do concelho.
Um exemplo de que, embora se trabalhe com um racional orçamental, a superação e o esforço das pessoas, integradas na missão das instituições públicas, revela uma transcendência que dota de sentido o exercício autárquico. Esse esforço deve assim ser reconhecido. Então vamos a isso…
Alvo de dúvida e até de desdém em certas paragens, esta iniciativa hoje prova ser uma aposta ganha pela freguesia, na promoção da cultura, dos costumes, do comércio e da marca Ribeira Brava. Promovida pela mobilização de pessoas da terra. Mesmo que haja quem faça questão de ignorar o evidente, colocando-se à frente do interesse público, foi feito muito com pouco – e este é o facto a reconhecer.
A semana da freguesia resultou de uma organização bem conseguida, com um envolvimento de todo um staff que se superou na entrega e pela causa pública. Um trabalho invisível sem interesses pessoais, sem flashes e sem favores. Estes são os valores que a causa pública deve cultivar.
A Ribeira Brava faz com que a Região olhe para esta terra com credibilidade, a partir do seu dinamismo. Exemplo disso foi o envolvimento político abrangente a uma representatividade significativa, que juntou membros de Governo e da Assembleia Regional, em torno da freguesia nas comemorações. De notar ainda a inclusão nas cerimónias de representantes da oposição. Só não esteve quem não quis ou não pôde. A isto se chama democracia.
Marco Martins e a sua equipa estão de parabéns. Os artistas da Ribeira Brava estão de parabéns. Os comerciantes da Ribeira Brava estão de parabéns. E como o presidente da junta faz questão de promover, desde a vila até sítios mais deslocados do centro como a Furna, as Fontes, o Pomar da Rocha, a Eira do Mourão ou o Espigão, tudo quem estima a essência da causa pública e a respeita, todos estão de parabéns.
É esta criatividade, a visão inovadora ou ainda a postura proativa e de serviço público que ganha em ser promovida – em vez de ações alimentadas por caprichos. Conservar os costumes não significa desprender-se do desenvolvimento. Promover as tradições não implica, necessariamente, não abrir portas à inovação. A responsabilidade ou o poder que se tem, não diminui a importância de envolver.
É por esta visão, consumada em ações, que a Junta de Freguesia da Ribeira Brava está de parabéns e deve ser vista como um exemplo de superação. É por isso que os ribeira-bravenses, que humildemente trabalham, estão de parabéns.
E quando for para alertar ou criticar construtivamente, também cá estaremos.
Hugo R. Fernandes