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“És de campo?”

2 Março, 2019 às 11:44
Isabel Cristina Camacho

Isabel Cristina Camacho

Não raras vezes ouvíamos, com certo desdém, a pergunta: -“ És de campo?”

Era a maneira “carinhosa” de alguns nos chamarem de incultos ou atrasados. E foi-se criando o estigma, o preconceito de que ser do campo, ou ser “vilhão” era a predestinação de um futuro agarrado à enxada e à foice. E então nascendo num lugar, como a nossa freguesia, em que as nossas belas montanhas formavam quase que uma fronteira, pior ainda!

Felizmente, os tempos são outros, os nossos jovens saíram, estudaram. As pessoas evoluíram e é quase impercetível a linha que separa quem vive no meio rural ou no urbano. Contudo, num destes dias, voltou a ressoar esta frase na minha memória e de novo senti a diferença entre ser do campo, ou não ser…eis a questão!

Fui à cidade! Que antigamente, ir à cidade era um acontecimento especial, era “quando o rei fazia anos” e começava com a tortuosa viagem de autocarro pela nossa estrada antiga, infelizmente, agora fechada. A meu ver, seria uma mais-valia para o turismo que diariamente nos visita. Mas quem sabe, diz que não pode ser e a estrada continua ao abandono…Contas de outros rosários. Bem e continuando, depois era o fascínio pelas montras, pelo movimento, pela moda e os perfumes fantásticos das “senhoras da cidade”.

Desta feita, não houve tortura na viagem, pois a estrada nem se compara àquela da minha infância. Em vinte minutos, estava no Funchal e o carro comodamente estacionado no parque de um Centro Comercial. Uma manhã de folga para ser aproveitada!

– “Boa tarde Isabel! Si tá boa? Arranje-me um livrinho com letras grandes, que a minha vista já não me ajuda.” A minha leitora mais idosa já me aguardava na Biblioteca…

Entro no elevador e dou os bons dias, e como não houve resposta, veio logo aquele pensamento: “Ah rapariga, és de campo?” Prosseguimos a curta viagem até um piso superior, cada um fixando um ponto no chão ou no teto do elevador, como se fosse necessário evitar o contacto visual com as outras pessoas. Bem…mas logo de seguida, veio a parte boa, uma bica e um pastelito de natas, ainda quentinho, que me parece, particularmente bom naquele espaço, e que tanto aprecio, por ser tão raro, um regalo!

Caminho pela cidade, e tudo me parece tão bonito, o Funchal é Lindo!

Tenho a péssima ideia de entrar numa loja muito conhecida, em pleno primeiro dia de saldos… Jesus!!!  Mulheres aos encontrões, entre risinhos histéricos ou então envolvidas em discussões porque alguém lhe tomou o lugar na fila, maridos entediados, roupa perdida na barafunda, funcionários massacrados…pronto! Lá me passou a vontade de comprar uns trapitos novos.

Fiquei com a cabeça às voltas e a constatação de que afinal… sou mesmo “de campo!”

Depois de umas compras no supermercado, volto à minha terrinha, inspirando profundamente o cheiro fresco dos eucaliptos que ladeiam a estrada, a tarde estava soalheira e a vista deste meu recanto pareceu-me mais bela do que nunca.

– “Boa tarde Isabel! Si tá boa? Arranje-me um livrinho com letras grandes, que a minha vista já não me ajuda.” A minha leitora mais idosa já me aguardava na Biblioteca, às vezes vem só para conversar e faz-me sentir de novo em casa. Chego a uma conclusão…Sim, é  um privilégio ser “de campo”!

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