Três alunos foram a Itália conhecer ‘novas’ práticas didácticas

Três alunos da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos João Jacinto Gonçalves Andrade, no Campanário, participaram recentemente, entre 27 de Abril a 4 de Maio, numa mobilidade a Legnago, Itália, no âmbito do programa ERASMUS+, projecto ALIVE (Activating Leadership Iniciatives through Values Education). O Liceu Estatal Giovanni Cotta, em Legnago, recebeu alunos e professores de vários países nomeadamente Espanha, Noruega, Roménia, Turquia e Portugal para a realização das actividades que integram o projecto ALIVE, e conhecer as práticas didácticas da escola anfitriã. Os alunos internacionais foram integrados em diferentes turmas, assistiram a aulas, participaram em workshops sobre hábitos e métodos de estudo, inclusão, bullying e cyberbullying; visitaram os laboratórios e outros espaços de trabalho da escola, conheceram os projectos e clubes da escola, bem como a história do edifício sede do Liceu Giovanni Cotta. A visita guiada à escola foi conduzida pelos alunos italianos que recorreram à língua inglesa para o entendimento de todas as equipas internacionais. Também participaram em actividades desportivas e aproveitaram para conhecer a história, arquitectura e cultura da região mediante algumas saídas de campo.

A responsável por este projecto em Portugal, Carol Marques, considera que estas mobilidades para o estrangeiro, “para além de serem uma oportunidade única dos alunos vivenciarem a realidade escolar de outros países, permitem ainda conhecer novas culturas, melhorar a sua fluência na língua inglesa e desenvolver as suas competências sociais, uma vez que os alunos estabelecem novas relações de amizade que se mantêm através das redes sociais”.

Francisco, Júlia e Nuno, os três alunos da escola do Campanário, regressaram de Itália com ‘novos horizontes’.

Francisco Henriques, um dos alunos que participou nesta mobilidade, diz ter aprendido muito com esta experiência, não só através das actividades em que participou, mas também através das vivências culturais e sociais. A aluna Júlia Rodrigues recomenda este tipo de experiências pois descobriu os diferentes estilos de vida dos colegas internacionais e reconhece que aperfeiçoou a sua fluência na língua inglesa. Já o aluno Nuno Gouveia destacou esta experiência como imensamente enriquecedora para a sua formação pessoal e social.

Na continuidade das actividades realizadas em Itália no âmbito deste projecto, foram entretanto expostos na escola do Campanário cartazes anti-bullying realizados por alguns alunos dos 7º e 8º anos, bem como alguns trabalhos escritos sobre o tema. Foram, ainda, dinamizadas pelo psicólogo da escola, Renato Carvalho, dois workshops para alunos sobre o bullying nas escolas onde em grupos de trabalho o tema foi debatido numa lógica de prevenção.

Na opinião da professora Carol Marques “o bullying é um problema real em muitas escolas portuguesas e que tanto as escolas como as famílias têm um papel extremamente importante na identificação e no apoio às vítimas que grande parte das vezes sofrem em silêncio. As escolas devem combater o bullying preparando os alunos para a promoção de uma cidadania activa de respeito pelo próximo e pelas as suas diferenças”, concretiza a docente.