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Abril em Flor

20 Abril, 2018 às 20:06

Cristina Gonçalves Silva

Abril chegou e, com ele, chegaram as cores e os aromas característicos da Páscoa. Os campos vestem-se de branco, rosa, amarelo, lilás…
São as árvores em flor, antecipando os sabores do Verão, as nêsperas exibindo os seus tons dourados e as Glicínias, cujos cachos lilases voluptuosos e perfumados não nos deixam esquecer que é tempo de Quaresma.

Abril é, também, o mês que marca o início da Visita Pascal, que percorre os vários sítios da freguesia do Campanário, um momento especialmente aguardado por muitas famílias, que se empenham na limpeza e ornamento das suas casas para receber o Espírito Santo.

A tradição, em geral, ainda se mantém, embora já não se verifique, como acontecia em tempos, uma espécie de “disputa” por parte das pessoas que se apresentavam para “levar o Espírito Santo”. Anos houve em que a disponibilidade era manifestada ao pároco, com um ano de antecedência, de modo a garantir o lugar de “visitador” no ano seguinte.

Quase intacta permanece, porém, a tradição associada às saloias, meninas escolhidas a dedo e muito apreciadas por todos, quer pelas vozes fortes e afinadas de que são donas, quer pela quantidade de ouro que transportam ao pescoço e nas “carapuças” colocadas sobre os cabelos entrançados, cuidadosamente envolvidas em “cordões” de ouro e anéis exuberantes, orgulhosamente, emprestados por familiares e vizinhos.

Domingo após domingo, a tradição repete-se e, após todos os sítios terem recebido a Visita Pascal, o Espírito Santo visitará o Calhau da Lapa e à Fajã dos Padres, no dia de São João (…)

As capas vermelhas de veludo colocadas sobre os seus vestidos brancos são enfeitadas com lantejoulas, alegra-campo e flor de perpétua branca. Ao ombro, levam uma fita vermelha, presa por um alfinete de ouro e, porque “em Abril, águas mil”, as saloias calçam as tradicionais botas de vilão e fazem-se acompanhar por um guarda-chuva vermelho, a condizer com os restantes adereços.

Durante muitos anos, as saloias foram vestidas e penteadas pela Sr.ª Mariazinha do Lombinho, ainda hoje recordada por todos. Apesar do seu falecimento, o legado que deixou continua a ser preservado.
As saloias, bem como, os membros que levam as duas bandeiras e a salva são, geralmente, acompanhados por uma criança que transporta água-benta e, também, por músicos, que tornam a Visita Pascal ainda mais festiva.

Um desses músicos que merece aqui ser recordado é o Sr. João Pio, cujo talento em tocar violino permanece na memória de muita gente, em especial, na das saloias que acompanhou, durante anos.

No fim do dia, muitos são, ainda, os que aguardam, junto ao “miradouro de cima da rocha”, pela chegada do grupo que naquele domingo conduziu a Visita Pascal, para com ele percorrer, a cantar, o trajeto até à Igreja, onde é feita a recolha do Espírito Santo.

Domingo após domingo, a tradição repete-se e, após todos os sítios terem recebido a Visita Pascal, o Espírito Santo visitará o Calhau da Lapa e à Fajã dos Padres, no dia de São João, para onde se deslocam, em romaria, a pé ou de barco, muitas pessoas, que não abdicam de vivenciar a tradição e de aproveitar o dia de Verão, para um mergulho nas águas cristalinas do Calhau.

Em Julho, a devoção ao Espírito Santo culmina com uma das mais belas festas do Campanário – a Festa do Espírito Santo – que atrai muitos visitantes, pela beleza das tradicionais romagens, em especial, da “romagem dos pobres”: uma romagem secular, que nasceu com o nobre propósito de ajudar os mais carenciados da freguesia, propósito esse que se mantém vivo até hoje.

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