Ricardo Augusto
Ricardo Augusto
Uma floresta tropical com quase 7 mil metros quadrados no interior de um hotel…
Dinossauros robôs a desempenhar o papel de rececionistas…
Um complexo ecológico autossustentável com edifícios que se movem ao ritmo da luz do sol…
Tudo isto é já uma realidade (à exceção do complexo ecológico dado que é ainda não passa de um projeto nas Filipinas) e faz-nos “imaginar” como será o futuro dentro de vinte, trinta ou quarenta anos. Poderemos eventualmente viajar apenas no plano virtual? Ou talvez voar de um local para outro com um hotel portátil nas costas e assim podendo pousar onde quisermos?
Estas não são perguntas retóricas!
Um recente estudo da marca “Villeroy & Boch” tem algumas ideias muito claras sobre como irão viver e pensar os futuros hóspedes dos hotéis. De acordo com o estudo, o nosso futuro será moldado por sete megatendências sendo que a globalização e a urbanização estarão provavelmente no topo da pirâmide.
Não tenhamos dúvidas. Existe uma colaboração global em todo o mundo e as pessoas estão a partilhar espaços digitais onde quer que estejam. Está a nascer uma espécie de nova cultura como nunca antes vimos. Reuniões de trabalho e jantares do outro lado do planeta são já uma realidade habitual para muitos de nós.
De acordo com o estudo, três quartos da população mundial irá viver em cidades até 2050, o que na realidade significa que os espaços serão limitados. Hotéis móveis, flutuantes e até suspensos no ar farão em breve parte do nosso dia-a-dia e muitos serão tão grandes que conseguirão alocar cidades inteiras!
Parece utópico, mas é já uma realidade e como exemplo temos o “The First World Hotel” na Malásia com 7,351 quartos!!
É um erro pensar que hotéis de tamanha dimensão acabarão reduzindo os seus passantes (visitantes) e hóspedes a meros números sem rosto. A terceira megatendência refere exatamente o oposto, ou seja, a importância e a mais-valia do coletivo, que sobrepor-se-á ao individual. A junção de várias ideias e perspetivas diferentes quase sempre resultam em grandes “descobertas”.
A partilha de automóveis (car-sharing) e espaços para trabalhar (co-working) são já reflexos desta tendência e os lobbies dos hotéis tendem a ser autênticas salas de estar capazes de ir ao encontro das necessidades e desejos dos clientes. Locais grandes e espaçosos onde partilhamos experiências, comunicamos, satisfazemos os nossos caprichos e descobrimos um pouco do “mundo inteiro”.
Teremos assim novos tipos de hotéis urbanos que recombinam trabalho e lazer. Os hotéis irão se tornar segundas residências. A digitalização ajudará a compreender os clientes de maneira mais eficaz, criando assim laços mais profundos com a empresa. Realidade aumentada, viagens virtuais, sensores que indicam o estado de espírito do cliente, quartos que se convertem em escritórios, etc.
Os hotéis do futuro terão algo para todos e nós aqui nos hotéis da Calheta, com mais ou menos tecnologia, estamos atentos a essas novas megatendências!
*Nome do hotel em construção na Arabia Saudita que terá mais de 10,000 quartos!